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16/03/2006 - 23h17

Levantamento diz que 138 armas foram tiradas do Exército desde 2000

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da Folha Online

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Exército apontou que 138 armas foram furtadas ou roubadas de quartéis em todo o país desde 2000. No Rio, onde dez fuzis e uma pistola foram levados de um quartel em São Cristóvão (zona norte do Rio) no último dia 3, 24 foram extraviadas.

Também nestes seis anos, o Exército afirma ter recuperado 137 armas, mas ressalta que parte delas havia sido extraviada antes de 2000.

Flávio Florido/Folha Imagem
Exército apresenta armas recuperadas no Rio de Janeiro
Exército apresenta armas recuperadas no Rio de Janeiro
Os fuzis levados do quartel de São Cristóvão foram recuperados na terça-feira (14), durante operação na favela da Rocinha (zona sul do Rio). Durante as incursões na favela, o ex-cabo do Exército Leandro Saturnino foi preso com armas supostamente desviadas das Forças Armadas.

Em nota, o Exército explicou que controla "rigidamente" o material colocado sob sua responsabilidade através de registros freqüentes e conferências diárias, além da restrição de acesso a depósitos e da "rigorosa" apuração desenvolvida quando há a constatação de problemas.

No mesmo dia em que o quartel de São Cristóvão foi roubado, tropas do Exército iniciaram incursões em favelas próximas ao local, em busca dos ladrões. Nos dias seguintes, a operação atingiu dez morros e favelas da cidade e houve bloqueios nas rodovias de acesso à região.

Na quarta-feira (15), dois ex-militares foram presos suspeitos de envolvimento no roubo. Outros cinco civis estão sendo procurados.

Armas

De acordo com o CML (Comando Militar do Leste), o armamento levado do quartel foi localizado na noite de terça-feira (14) em uma trilha próxima à estrada das Canoas, em São Conrado, junto à favela da Rocinha.

Reportagem publicada pela Folha revelou que as armas estavam em poder do CML desde o último domingo (12), resultado de uma negociação sigilosa entre o Exército e integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.

Em troca, os militares concordaram em retirar as tropas das favelas; em apresentar as armas como se tivessem sido achadas em uma favela sob o domínio da facção inimiga, a ADA (Amigos dos Amigos), e em transferir um líder do CV de presídio. O Exército nega o acordo.

Na quarta-feira (15), o secretário da Segurança do Rio, Marcelo Itagiba, e o chefe de Estado Maior do CML, general Hélio de Macedo, evitaram dar detalhes sobre a forma como as armas foram encontradas.

Itagiba disse que elas foram encontradas após denúncia e trabalho do setor de inteligência. "Mas vamos preservar a fonte porque a investigação não chegou ao fim", disse.

Sobre o fato de todas as armas terem sido encontradas em um mesmo local, o general afirmou que podem ter sido abandonadas para que os ladrões não fossem pegos em flagrante.

"Provavelmente as armas foram abandonadas. Isso [a operação Asfixia] causou prejuízo em várias comunidades nas atividades ilegais. Provavelmente o prejuízo levou a esta entrega", afirmou Macedo.

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