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20/12/2006
-
09h03
IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O vice-diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), brigadeiro Ramón Borges Cardoso, admitiu ontem que problemas nos radares na região de Brasília vêm provocando a aparição de 30 "aviões fantasmas", em média, nos consoles dos controladores de tráfego aéreo diariamente.
O problema, que a Aeronáutica sempre negou ocorrer, deve ser resolvido em breve, de acordo com informações do militar. Os "alvos falsos", no jargão militar, apareceriam ao lado das imagens de aviões reais por breves períodos (de 30 segundos a um minuto).
Esses "alvos falsos" que aparecem seriam causados por interferência meteorológica ou pelo uso da mesma freqüência por dois radares diferentes. Isso ainda está sob investigação da Aeronáutica.
Outros problemas
Esses "aviões fantasmas" não são o primeiro problema identificado nos equipamentos de controle do tráfego aéreo do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo). No dia 5 deste mês, a central de áudio teve uma pane, provocando a suspensão das decolagens em três dos principais aeroportos do país --Brasília, Congonhas e Confins, em Minas Gerais.
A pane levou a Aeronáutica a montar um sistema de reserva para o caso de falhas na central principal. A ausência de um "backup" para a eventualidade de panes foi descrita como um "erro de concepção" pelo brigadeiro durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Aos congressistas, o militar pediu um orçamento da ordem de R$ 600 milhões para o próximo ano. "Se for menor do que isso, não teremos a velocidade suficiente para trocar os equipamentos que precisam ser trocados", afirmou. O Orçamento do ano que vem prevê R$ 530 milhões para o controle do espaço aéreo.
Pane de áudio
O brigadeiro divulgou ontem que a Aeronáutica já vem instalando centrais de áudio auxiliares, com baterias próprias e ligação independente, para o caso de novas panes. Em Brasília, um equipamento novo precisou ser trocado por causa de uma "falha elétrica" descrita pelo brigadeiro como um curto-circuito.
Resolvidos os problemas de recursos e equipamentos, faltaria a formação de novos controladores de vôo. "Nós estamos com o pessoal mais ou menos como um time de futebol. Temos 11 jogadores: se alguém se machucar, não temos reserva", descreveu o brigadeiro.
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O vice-diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), brigadeiro Ramón Borges Cardoso, admitiu ontem que problemas nos radares na região de Brasília vêm provocando a aparição de 30 "aviões fantasmas", em média, nos consoles dos controladores de tráfego aéreo diariamente.
O problema, que a Aeronáutica sempre negou ocorrer, deve ser resolvido em breve, de acordo com informações do militar. Os "alvos falsos", no jargão militar, apareceriam ao lado das imagens de aviões reais por breves períodos (de 30 segundos a um minuto).
Esses "alvos falsos" que aparecem seriam causados por interferência meteorológica ou pelo uso da mesma freqüência por dois radares diferentes. Isso ainda está sob investigação da Aeronáutica.
Outros problemas
Esses "aviões fantasmas" não são o primeiro problema identificado nos equipamentos de controle do tráfego aéreo do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo). No dia 5 deste mês, a central de áudio teve uma pane, provocando a suspensão das decolagens em três dos principais aeroportos do país --Brasília, Congonhas e Confins, em Minas Gerais.
A pane levou a Aeronáutica a montar um sistema de reserva para o caso de falhas na central principal. A ausência de um "backup" para a eventualidade de panes foi descrita como um "erro de concepção" pelo brigadeiro durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Aos congressistas, o militar pediu um orçamento da ordem de R$ 600 milhões para o próximo ano. "Se for menor do que isso, não teremos a velocidade suficiente para trocar os equipamentos que precisam ser trocados", afirmou. O Orçamento do ano que vem prevê R$ 530 milhões para o controle do espaço aéreo.
Pane de áudio
O brigadeiro divulgou ontem que a Aeronáutica já vem instalando centrais de áudio auxiliares, com baterias próprias e ligação independente, para o caso de novas panes. Em Brasília, um equipamento novo precisou ser trocado por causa de uma "falha elétrica" descrita pelo brigadeiro como um curto-circuito.
Resolvidos os problemas de recursos e equipamentos, faltaria a formação de novos controladores de vôo. "Nós estamos com o pessoal mais ou menos como um time de futebol. Temos 11 jogadores: se alguém se machucar, não temos reserva", descreveu o brigadeiro.
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