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12/02/2007
-
21h49
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
Uma estudante de 21 anos morreu após cair de uma altura de cerca de 18 metros durante prática de tirolesa --esporte radical em que o participante desliza preso a um cabo-- na praia do Francês (25 km de Maceió), uma das mais freqüentadas do litoral de Alagoas.
O acidente foi na manhã de domingo. Carla Andreia Almeida de Melo estava na praia com o pai, o namorado e um irmão. Comemorava sua aprovação no curso de relações públicas da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o mosquetão (peça metálica que prende o equipamento individual ao cabo) que Carla usava durante a descida não possuía trava e pode ter aberto, provocando a queda.
"O mosquetão não era adequado para uso com pessoas. O modelo é indicado para construção civil, para levantar peso", disse o capitão Carlos Buriti, que socorreu Carla. A estudante morreu na ambulância, a caminho do hospital.
Segundo Buriti, o equipamento individual --espécie de "cadeirinha" feita de tecido-- que a estudante usava não estava rompido nem quebrado. Como Carla girou o corpo para deslizar de barriga para baixo --o mais comum é descer sentado--, o movimento pode ter aberto o mosquetão, na avaliação do bombeiro.
Prisão
O dono do equipamento, Rui Panceda Hecker, 50, foi preso em flagrante no domingo, sob acusação de homicídio culposo (sem intenção de matar).
O advogado de Hecker, Antônio Benedito de Barros Filho, disse que o equipamento utilizado por seu cliente é adequado para a prática de tirolesa. Afirmou que o mosquetão tinha trava e que a própria estudante pode ter soltado o dispositivo com a mão.
"A mão dela [Carla] tinha que ficar na corda. Pode ser que ela tenha baixado a mão e soltado a trava. Ele [Hecker] disse que não sabe o que aconteceu", disse o advogado.
O delegado Eulálio Rodrigues, responsável pelo inquérito, disse que irá solicitar perícia no equipamento. As testemunhas começarão a ser ouvidas a partir de amanhã.
Tirolesa no Francês
O equipamento para tirolesa foi instalado há um ano e dois meses na praia do Francês, que fica na cidade de Marechal Deodoro. Segundo os bombeiros, a torre onde começa a descida tem cerca de 20 metros de altura. O participante desliza por 50 metros antes de chegar à praia. Cada descida custa R$ 5.
O advogado de Hecker não soube dizer qual a média diária de descidas no equipamento. A reportagem não conseguiu localizar parentes de Carla. Ela foi enterrada hoje, em Capela (65 km de Maceió), onde vivia com a família.
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Uma estudante de 21 anos morreu após cair de uma altura de cerca de 18 metros durante prática de tirolesa --esporte radical em que o participante desliza preso a um cabo-- na praia do Francês (25 km de Maceió), uma das mais freqüentadas do litoral de Alagoas.
O acidente foi na manhã de domingo. Carla Andreia Almeida de Melo estava na praia com o pai, o namorado e um irmão. Comemorava sua aprovação no curso de relações públicas da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o mosquetão (peça metálica que prende o equipamento individual ao cabo) que Carla usava durante a descida não possuía trava e pode ter aberto, provocando a queda.
"O mosquetão não era adequado para uso com pessoas. O modelo é indicado para construção civil, para levantar peso", disse o capitão Carlos Buriti, que socorreu Carla. A estudante morreu na ambulância, a caminho do hospital.
Segundo Buriti, o equipamento individual --espécie de "cadeirinha" feita de tecido-- que a estudante usava não estava rompido nem quebrado. Como Carla girou o corpo para deslizar de barriga para baixo --o mais comum é descer sentado--, o movimento pode ter aberto o mosquetão, na avaliação do bombeiro.
Prisão
O dono do equipamento, Rui Panceda Hecker, 50, foi preso em flagrante no domingo, sob acusação de homicídio culposo (sem intenção de matar).
O advogado de Hecker, Antônio Benedito de Barros Filho, disse que o equipamento utilizado por seu cliente é adequado para a prática de tirolesa. Afirmou que o mosquetão tinha trava e que a própria estudante pode ter soltado o dispositivo com a mão.
"A mão dela [Carla] tinha que ficar na corda. Pode ser que ela tenha baixado a mão e soltado a trava. Ele [Hecker] disse que não sabe o que aconteceu", disse o advogado.
O delegado Eulálio Rodrigues, responsável pelo inquérito, disse que irá solicitar perícia no equipamento. As testemunhas começarão a ser ouvidas a partir de amanhã.
Tirolesa no Francês
O equipamento para tirolesa foi instalado há um ano e dois meses na praia do Francês, que fica na cidade de Marechal Deodoro. Segundo os bombeiros, a torre onde começa a descida tem cerca de 20 metros de altura. O participante desliza por 50 metros antes de chegar à praia. Cada descida custa R$ 5.
O advogado de Hecker não soube dizer qual a média diária de descidas no equipamento. A reportagem não conseguiu localizar parentes de Carla. Ela foi enterrada hoje, em Capela (65 km de Maceió), onde vivia com a família.
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