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19/02/2007
-
21h17
CAROLINA FARIAS
da Folha Online
As lutas pelo fim do apartheid na África do Sul ganham a passarela do samba nesta segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio. A Porto da Pedra iniciou o desfile por volta das 21h15 desta segunda-feira e apresenta o enredo "Preto e branco a cores".
No desenvolvimento do enredo, a escola trará para o sambódromo símbolos tristes do período em que o país de Nelson Mandela vivia sob um regime de segregação racial. As favelas brasileiras também serão retratadas no desfile.
Negros enfocados com uma luz branca abrirão o desfile. No primeiro carro alegórico, a Porto da Pedra vai mostrar as nove etnias da África do Sul.
Na seqüência, o segundo carro alegórico lembrará do levante de Soweto, bairro de Johannesburgo, e trará a foto de Hector Peterson, adolescente morto na onda de protestos ocorridas no bairro de 1976.
Também no terceiro setor, a escola deve chocar o público com o "caveirão da injustiça", carro alegórico que reproduzirá um carro blindado que atirava nos negros durante o período do apartheid no país. Uma ala formada somente por negros representará as passeatas que ocorriam na época.
"Alguns setores específicos da escola terão somente negros, porque o que será representado exige. A partir do quarto setor ocorre a mistura das cores", disse Alan da Costa Carvalho, 28, diretor de Carnaval da escola.
O carro alegórico do quarto setor traz as figuras de um tigre, símbolo da Porto da Pedra, e de um leão, que representará Mandela --que permaneceu preso de 1962 a 1990 foi eleito presidente em 1994. No ano anterior a sua eleição, Mandela foi eleito Prêmio Nobel da Paz.
"Ele é o leão da democracia, nossa maior inspiração", afirmou o diretor, que garante que membros da família de Mandela devem participar do desfile.
A escola também prestará homenagem a Abdias Nascimento, 93, primeiro negro a ser eleito deputado e também senador no Brasil. Ele vai participar do desfile.
No final do percurso, a escola trará um carro alegórico composto por 30 artistas brasileiros, todos negros. Entre eles estarão Milton Gonçalves, Taís Araújo e Zezé Motta. A Porto da Pedra desfilará com 3.800 distribuídos em 30 alas.
Desfiles
Depois da Porto da Pedra, desfilam Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos do Grande Rio e Beija-Flor de Nilópolis.
Na primeira noite de desfiles, se apresentaram Estácio de Sá, Império Serrano, Estação Primeira de Mangueira, Unidos do Viradouro, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos de Vila Isabel.
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Porto da Pedra homenageia África do Sul e Nelson Mandela em desfile
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da Folha Online
As lutas pelo fim do apartheid na África do Sul ganham a passarela do samba nesta segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio. A Porto da Pedra iniciou o desfile por volta das 21h15 desta segunda-feira e apresenta o enredo "Preto e branco a cores".
No desenvolvimento do enredo, a escola trará para o sambódromo símbolos tristes do período em que o país de Nelson Mandela vivia sob um regime de segregação racial. As favelas brasileiras também serão retratadas no desfile.
Negros enfocados com uma luz branca abrirão o desfile. No primeiro carro alegórico, a Porto da Pedra vai mostrar as nove etnias da África do Sul.
Na seqüência, o segundo carro alegórico lembrará do levante de Soweto, bairro de Johannesburgo, e trará a foto de Hector Peterson, adolescente morto na onda de protestos ocorridas no bairro de 1976.
Também no terceiro setor, a escola deve chocar o público com o "caveirão da injustiça", carro alegórico que reproduzirá um carro blindado que atirava nos negros durante o período do apartheid no país. Uma ala formada somente por negros representará as passeatas que ocorriam na época.
"Alguns setores específicos da escola terão somente negros, porque o que será representado exige. A partir do quarto setor ocorre a mistura das cores", disse Alan da Costa Carvalho, 28, diretor de Carnaval da escola.
O carro alegórico do quarto setor traz as figuras de um tigre, símbolo da Porto da Pedra, e de um leão, que representará Mandela --que permaneceu preso de 1962 a 1990 foi eleito presidente em 1994. No ano anterior a sua eleição, Mandela foi eleito Prêmio Nobel da Paz.
"Ele é o leão da democracia, nossa maior inspiração", afirmou o diretor, que garante que membros da família de Mandela devem participar do desfile.
A escola também prestará homenagem a Abdias Nascimento, 93, primeiro negro a ser eleito deputado e também senador no Brasil. Ele vai participar do desfile.
No final do percurso, a escola trará um carro alegórico composto por 30 artistas brasileiros, todos negros. Entre eles estarão Milton Gonçalves, Taís Araújo e Zezé Motta. A Porto da Pedra desfilará com 3.800 distribuídos em 30 alas.
Desfiles
Depois da Porto da Pedra, desfilam Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos do Grande Rio e Beija-Flor de Nilópolis.
Na primeira noite de desfiles, se apresentaram Estácio de Sá, Império Serrano, Estação Primeira de Mangueira, Unidos do Viradouro, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos de Vila Isabel.
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