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11/04/2007
-
19h50
da Folha Online
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), entregou nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofício para solicitar o auxílio das Forças Armadas no Estado. No documento, Cabral pede a permanência das tropas nas ruas da região metropolitana por um ano, "para a garantia da lei e da ordem no Estado".
Na quinta (12), Lula deve se reunir com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e com os três comandantes das Forças para avaliar a decisão e traçar uma estratégia de atuação. De acordo com Lula, a decisão sobre como as Forças Armadas auxiliarão no combate à violência será tomada "de forma muito ordenada, muito cuidadosa".
Segundo ele, em um primeiro momento, deverá ser feito o mapeamento das regiões para determinar qual o contingente necessário. O presidente esteve no Rio para participar da cerimônia de formatura de jovens que servirão de guias durante o Pan-Americano.
Violência
Leia a íntegra do ofício entregue ao presidente:
"O Estado do Rio de Janeiro, já há algum tempo, vive uma situação de crise na área da segurança pública. Apesar dos sucessivos esforços desenvolvidos nesta área do serviço público, tem sido muito difícil, com os recursos disponíveis, fazer face ao avanço da criminalidade que ameaça a ordem pública e a incolumidade das pessoas e seu patrimônio.
Não é possível deixar de reconhecer que a colaboração do governo federal, neste momento, é de crucial importância para desenvolver ações de polícia ostensiva de natureza preventiva e repressiva que possam, em articulação com os serviços de segurança do Estado do Rio de Janeiro, encaminhar soluções para dar à população a tranqüilidade fundamental ao seu dia-a-dia. É relevante também lembrar que, em futuro próximo, serão realizados na cidade do Rio de Janeiro os Jogos Pan-Americanos que darão enorme visibilidade ao país, atraindo um expressivo contingente de pessoas.
Assim, na forma dos artigos 142 e 144 da Constituição Federal e do artigo 15 da Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999, solicito que V. Exa. determine o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem no estado, na Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, pelo período de um ano. Com a certeza de que V. Exa. atenderá ao pleito, renovo os meus protestos de estima e consideração.
Sérgio Cabral, governador do estado do Rio de Janeiro."
Crime
O governador demonstrou a intenção de pedir o auxílio das Forças Armadas no Estado ao sair do velório do policial militar Guaracy de Oliveira Costa, 28, que trabalhava na segurança pessoal de Cabral e de sua família.
O policial foi baleado no domingo (8) ao, supostamente, reagir a um assalto. Costa foi atingido por seis tiros e chegou a ser operado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de segunda-feira (9).
Caso João Hélio
No início de fevereiro, um crime no Rio provocou reações de diversos setores da sociedade. O garoto João Hélio Fernandes, 6, estava com a mãe e a irmã, de 14 anos, quando o carro deles foi parado por criminosos, em Oswaldo Cruz (zona norte).
Rosa e a filha conseguiram sair. Quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões aceleraram e ele ficou pendurado do lado de fora, preso ao cinto de segurança. João foi arrastado por aproximadamente 7 km.
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O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), entregou nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofício para solicitar o auxílio das Forças Armadas no Estado. No documento, Cabral pede a permanência das tropas nas ruas da região metropolitana por um ano, "para a garantia da lei e da ordem no Estado".
Na quinta (12), Lula deve se reunir com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e com os três comandantes das Forças para avaliar a decisão e traçar uma estratégia de atuação. De acordo com Lula, a decisão sobre como as Forças Armadas auxiliarão no combate à violência será tomada "de forma muito ordenada, muito cuidadosa".
Segundo ele, em um primeiro momento, deverá ser feito o mapeamento das regiões para determinar qual o contingente necessário. O presidente esteve no Rio para participar da cerimônia de formatura de jovens que servirão de guias durante o Pan-Americano.
Violência
Leia a íntegra do ofício entregue ao presidente:
"O Estado do Rio de Janeiro, já há algum tempo, vive uma situação de crise na área da segurança pública. Apesar dos sucessivos esforços desenvolvidos nesta área do serviço público, tem sido muito difícil, com os recursos disponíveis, fazer face ao avanço da criminalidade que ameaça a ordem pública e a incolumidade das pessoas e seu patrimônio.
Não é possível deixar de reconhecer que a colaboração do governo federal, neste momento, é de crucial importância para desenvolver ações de polícia ostensiva de natureza preventiva e repressiva que possam, em articulação com os serviços de segurança do Estado do Rio de Janeiro, encaminhar soluções para dar à população a tranqüilidade fundamental ao seu dia-a-dia. É relevante também lembrar que, em futuro próximo, serão realizados na cidade do Rio de Janeiro os Jogos Pan-Americanos que darão enorme visibilidade ao país, atraindo um expressivo contingente de pessoas.
Assim, na forma dos artigos 142 e 144 da Constituição Federal e do artigo 15 da Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999, solicito que V. Exa. determine o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem no estado, na Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, pelo período de um ano. Com a certeza de que V. Exa. atenderá ao pleito, renovo os meus protestos de estima e consideração.
Sérgio Cabral, governador do estado do Rio de Janeiro."
Crime
O governador demonstrou a intenção de pedir o auxílio das Forças Armadas no Estado ao sair do velório do policial militar Guaracy de Oliveira Costa, 28, que trabalhava na segurança pessoal de Cabral e de sua família.
O policial foi baleado no domingo (8) ao, supostamente, reagir a um assalto. Costa foi atingido por seis tiros e chegou a ser operado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de segunda-feira (9).
Caso João Hélio
No início de fevereiro, um crime no Rio provocou reações de diversos setores da sociedade. O garoto João Hélio Fernandes, 6, estava com a mãe e a irmã, de 14 anos, quando o carro deles foi parado por criminosos, em Oswaldo Cruz (zona norte).
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