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Acusado nega extorsão contra padre e diz que denúncia é vingança
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da Folha de S.Paulo
O ex-interno da antiga Febem Anderson Marcos Batista, foragido da Justiça, nega o crime de extorsão e se diz vítima de vingança por parte do padre Júlio Lancelotti. A afirmação é do advogado do ex-interno, Nelson Bernardo da Costa.
O padre, coordenador da Pastoral do Povo de Rua e um dos principais defensores dos direitos de jovens infratores, acusa Batista de o ter extorquido, por quase três anos, em cerca de R$ 50 mil.
O advogado diz que falou com seu cliente anteontem, por telefone. "Quando a versão dele [de Batista] for apresentada, entre os demais acusados, virá à tona toda a verdade. Isso, com certeza, causará um grande choque, até uma comoção social", afirma Costa.
O advogado, no entanto, diz que seu cliente não informou a ele qual seria o motivo da vingança. "Ele disse que está surpreso com tudo porque ele tecia uma grande amizade [pelo padre]. Segundo ele, até uma amizade íntima", diz.
Costa afirma que o ex-interno tem provas de que não fez nenhuma extorsão. "Até é difícil falar isso, uma pessoa respeitosa [referindo-se ao padre], que até ajudava as pessoas, que comparecia na casa dele [de Batista], que ligava constantemente procurando. Ele tem prova nesse sentido."
O advogado, porém, afirmou que não tinha condições de detalhar tais provas. Também segundo Costa, Batista não citou nenhuma denúncia de abuso sexual contra seu enteado. O advogado diz não saber se o seu cliente pretende se apresentar à polícia nos próximos dias.
Sobre o patrimônio do ex-interno, Costa afirma não saber qual era o seu rendimento nem suas últimas ocupações.
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