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Policiais civis rebatem declaração de Serra e culpam governo por confronto
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da Folha Online
Policiais civis de São Paulo rebateram na noite desta quinta-feira as declarações do governador José Serra (PSDB) de que a manifestação realizada pela categoria à tarde teve motivação política.
O delegado André Dahmer, diretor da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de São Paulo), negou envolvimento político no movimento grevista e diz que a CUT e a Força Sindical apenas emprestam o carro de som usado nas manifestações.
"É lamentável ver um governador de Estado como São Paulo falar uma coisa dessas. Ou é porque ele é muito mal informado ou é porque quer ver o circo pegar fogo", afirmou.
Leandro Moraes/Folha Imagem |
Policiais militares usam bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar policiais civis grevistas durante manifestação em SP |
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Valter Honorato, também refutou as declarações do governador. "Nós não estamos sendo influenciados. Estamos tendo apoio de quem já viveu essa situação."
Confronto
Dahmer culpou o governo do Estado pelo confronto, que deixou ao menos 23 pessoas feridas. "Nós não queremos guerra. O governo não quer diálogo. Ele [governo] quer guerra."
O presidente do Sindicato da Polícia Civil de Campinas e região, Aparecido de Carvalho, também responsabilizou o governo estadual pelo confronto. "É uma irresponsabilidade sem tamanho um governador, que se diz democrático, sabendo que homens armados vêm reivindicar salários e dignidade, colocar a PM, que é uma co-irmã, armada, correndo todos os riscos. O saldo disso poderiam ser diversas mortes de policiais."
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem |
Policiais civis em greve e policiais militares entram em confronto nas proximidades da sede do governo do Estado de São Paulo |
O presidente do sindicato dos investigadores, João Rebouças, acusou a área de Segurança do Estado de falta de comando e de diálogo. Ele disse que o departamento jurídico do sindicato avaliará pedir intervenção federal no setor.
"Em vez de apaziguar, ele [governo] jogou mais gasolina no fogo", disse.
Punição
Os policiais que participaram do protesto podem ser punidos pelas suas corporações, de acordo com Serra. "Quem cometeu ilegalidade, sem dúvida, será punido e isso tudo será apurado", afirmou o governador.
Segundo a Adepesp, 2.500 pessoas participaram da manifestação. O objetivo dos policiais civis era seguir em passeata até o Palácio dos Bandeirantes para pressionar o governo do Estado a retomar as negociações.
Os policiais civis reivindicam reajuste salarial. De acordo com a Adpesp, durante a reunião de quinta-feira passada (9), na Secretaria da Gestão Pública, o governo apresentou aos grevistas uma proposta de 6,2% de reajuste --os policiais reivindicam 15% de aumento somente neste ano.
Na ocasião, o governo afirmou, em nota, que as lideranças da greve "mais uma vez mantêm propostas que extrapolam a capacidade orçamentária do Estado".
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Tudo que posso afirmar é ele e sua corja de ladrões merecem passar por um terço do que nossos policiais passam todos os dias e apenas depois terão qualificação para julgar a atitude extrema que nossos valorosos prestadores foram obrigados a tomar.
Mais uma vez estes seres de abissal coragem mostraram sua força e determinação.
Aos policiais civis deste estado que empenho total apoio de admiração meus parabéns pela intrepidez que lidaram com mais este obstáculo.
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