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14/04/2004
-
20h51
da Folha Online
O secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, ordenou nesta quarta-feira que a Polícia Militar reforce o policiamento na favela da Rocinha, na zona sul, devido à morte do traficante Luciano Barbosa Silva, 26, o Lulu, chefe do tráfico no local.
A medida, segundo Garotinho, tem por objetivo evitar eventuais tentativas de invasão da Rocinha por parte de traficantes rivais do bando de Lulu. Porém, o aumento do efetivo também servirá para impedir protestos por parte da quadrilha de Lulu.
O traficante e um comparsa, Ronaldo Araújo Silva, 27, o Digão, foram mortos nesta tarde em uma casa na parte alta da favela durante confronto com policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Os criminosos foram identificados por meio de exames de digitais realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Baseados em informações passadas ao Disque-Denúncia, os policiais iniciaram às 6h a operação, visando a prisão dos traficantes. Somente no final da tarde os policiais localizaram a casa onde eles estavam. Cercados, Lulu e Digão reagiram, foram baleados e morreram a caminho do Hospital Miguel Couto.
Apreensão
Segundo a Secretaria da Segurança do Rio, com os dois criminosos foram apreendidos dois fuzis HK, outros dois fuzis de calibres diferentes, duas pistolas calibre 45, dez carregadores de pistola e munições para fuzil 762 e 556.
Também foram apreendidos quatro toucas ninja, um colete à prova de balas, dois uniformes de camuflagem do Exército, um livro de magia negra e dois sacos com pó branco, parecido com cocaína, além de maconha.
Durante a operação, 23 suspeitos foram detidos e levados para a 15ª Delegacia de Polícia (Gávea) para identificação.
Disputa
Com a morte dos dois traficantes nesta quarta-feira, subiu para 12 o número de vítimas dos confrontos --sete supostos criminosos, dois policiais e outras três pessoas.
A disputa entre criminosos por pontos-de-venda de drogas começou na última sexta-feira, quando traficantes do vizinho morro do Vidigal --entre eles Eduíno de Araújo, o Dudu (antigo chefe do tráfico na Rocinha)-- tentaram invadir a Rocinha.
Cerca de 1.300 policiais ocupam a Rocinha desde o início da semana.
Forças Armadas
O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, disse na terça-feira que, atendendo a uma "oferta" do governo federal, o Estado vai "aceitar" o envio de 4.000 homens das Forças Armadas para cercar e ocupar as principais favelas da cidade.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, rechaçou a idéia e disse que, nos termos pedidos por Garotinho, a proposta "é manifestamente inatendível" e que as Forças Armadas não são "instrumento prêt-à-porter" (pronto para usar) que se possa pegar e levar sob a direção de autoridades estaduais.
Nesta quarta-feira, após se encontrar com o ministro, Garotinho afirmou que não houve nenhum impasse com o governo federal sobre o envio das Forças Armadas para combater o crime no Rio.
Garotinho, que participou em Brasília da reunião do colégio nacional de secretários da Segurança Pública com Thomaz Bastos, também se reuniu em separado, rapidamente, com o ministro.
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O secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, ordenou nesta quarta-feira que a Polícia Militar reforce o policiamento na favela da Rocinha, na zona sul, devido à morte do traficante Luciano Barbosa Silva, 26, o Lulu, chefe do tráfico no local.
A medida, segundo Garotinho, tem por objetivo evitar eventuais tentativas de invasão da Rocinha por parte de traficantes rivais do bando de Lulu. Porém, o aumento do efetivo também servirá para impedir protestos por parte da quadrilha de Lulu.
O traficante e um comparsa, Ronaldo Araújo Silva, 27, o Digão, foram mortos nesta tarde em uma casa na parte alta da favela durante confronto com policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Os criminosos foram identificados por meio de exames de digitais realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Baseados em informações passadas ao Disque-Denúncia, os policiais iniciaram às 6h a operação, visando a prisão dos traficantes. Somente no final da tarde os policiais localizaram a casa onde eles estavam. Cercados, Lulu e Digão reagiram, foram baleados e morreram a caminho do Hospital Miguel Couto.
Felipe Varanda/Folha Imagem |
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Policiais durante operação na favela da Rocinha |
Apreensão
Segundo a Secretaria da Segurança do Rio, com os dois criminosos foram apreendidos dois fuzis HK, outros dois fuzis de calibres diferentes, duas pistolas calibre 45, dez carregadores de pistola e munições para fuzil 762 e 556.
Também foram apreendidos quatro toucas ninja, um colete à prova de balas, dois uniformes de camuflagem do Exército, um livro de magia negra e dois sacos com pó branco, parecido com cocaína, além de maconha.
Durante a operação, 23 suspeitos foram detidos e levados para a 15ª Delegacia de Polícia (Gávea) para identificação.
Disputa
Com a morte dos dois traficantes nesta quarta-feira, subiu para 12 o número de vítimas dos confrontos --sete supostos criminosos, dois policiais e outras três pessoas.
A disputa entre criminosos por pontos-de-venda de drogas começou na última sexta-feira, quando traficantes do vizinho morro do Vidigal --entre eles Eduíno de Araújo, o Dudu (antigo chefe do tráfico na Rocinha)-- tentaram invadir a Rocinha.
Cerca de 1.300 policiais ocupam a Rocinha desde o início da semana.
Forças Armadas
O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, disse na terça-feira que, atendendo a uma "oferta" do governo federal, o Estado vai "aceitar" o envio de 4.000 homens das Forças Armadas para cercar e ocupar as principais favelas da cidade.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, rechaçou a idéia e disse que, nos termos pedidos por Garotinho, a proposta "é manifestamente inatendível" e que as Forças Armadas não são "instrumento prêt-à-porter" (pronto para usar) que se possa pegar e levar sob a direção de autoridades estaduais.
Nesta quarta-feira, após se encontrar com o ministro, Garotinho afirmou que não houve nenhum impasse com o governo federal sobre o envio das Forças Armadas para combater o crime no Rio.
Garotinho, que participou em Brasília da reunião do colégio nacional de secretários da Segurança Pública com Thomaz Bastos, também se reuniu em separado, rapidamente, com o ministro.
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