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15/04/2004
-
12h43
da Folha Online
Policiais militares deverão acompanhar moradores da Rocinha, na zona sul do Rio, até o cemitério São João Batista, em Botafogo, onde ocorrerá, às 17h desta quinta-feira, o enterro do corpo de Luciano Barbosa da Silva, chefe do tráfico na favela.
Os moradores seguirão em dez ônibus, que teriam sido contratados pela comunidade, até o cemitério.
A polícia deverá acompanhar os moradores no trajeto para evitar tumultos. Os PMs também deverão permanecer no enterro.
A polícia está em alerta por causa da morte do traficante, assassinado durante ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais), na quarta-feira. Existe a possibilidade de protesto de moradores da favela. Também há o risco de tentativa de nova invasão na Rocinha e ataque por parte de traficantes rivais.
Segundo a Polícia Militar, a madrugada desta quinta-feira foi tranqüila na favela. Não houve registro de tumulto. O comércio está fechado em sinal de luto, desde a tarde desta quarta.
O traficante e um comparsa, Ronaldo Araújo Silva, 27, o Digão, foram mortos em uma casa na parte alta da favela. Eles foram identificados por meio de exames de digitais realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Baseados em informações passadas ao Disque-Denúncia, os policiais iniciaram às 6h a operação, visando a prisão dos traficantes. Somente no final da tarde os policiais localizaram a casa onde eles estavam. Cercados, Lulu e Digão reagiram, foram baleados e morreram a caminho do Hospital Miguel Couto.
Apreensão
Segundo a Secretaria da Segurança do Rio, com os dois criminosos foram apreendidos dois fuzis HK, outros dois fuzis de calibres diferentes, duas pistolas calibre 45, dez carregadores de pistola e munições para fuzil 762 e 556.
Também foram apreendidos quatro toucas ninja, um colete à prova de balas, dois uniformes de camuflagem do Exército, um livro de magia negra e dois sacos com pó branco --parecido com cocaína--, além de maconha.
Durante a operação, 23 suspeitos foram detidos e levados para a 15ª Delegacia de Polícia (Gávea) para identificação.
Disputa
Com a morte dos dois traficantes, subiu para 12 o número de vítimas dos confrontos --sete supostos criminosos, dois policiais e outras três pessoas.
A disputa por pontos-de-venda de drogas começou na última sexta-feira, quando traficantes do vizinho morro do Vidigal --entre eles Eduíno de Araújo, o Dudu (antigo chefe do tráfico na Rocinha)-- tentaram invadir a Rocinha.
Cerca de 1.300 policiais ocupam a Rocinha desde o início da semana.
Leia mais
Polícia fica em alerta com morte de chefe do tráfico na Rocinha
Ministro reitera posição e descarta envio imediato de tropas ao Rio
PM confirma morte do chefe do tráfico na favela da Rocinha
PM deverá acompanhar moradores até enterro de traficante
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Policiais militares deverão acompanhar moradores da Rocinha, na zona sul do Rio, até o cemitério São João Batista, em Botafogo, onde ocorrerá, às 17h desta quinta-feira, o enterro do corpo de Luciano Barbosa da Silva, chefe do tráfico na favela.
Os moradores seguirão em dez ônibus, que teriam sido contratados pela comunidade, até o cemitério.
A polícia deverá acompanhar os moradores no trajeto para evitar tumultos. Os PMs também deverão permanecer no enterro.
A polícia está em alerta por causa da morte do traficante, assassinado durante ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais), na quarta-feira. Existe a possibilidade de protesto de moradores da favela. Também há o risco de tentativa de nova invasão na Rocinha e ataque por parte de traficantes rivais.
Segundo a Polícia Militar, a madrugada desta quinta-feira foi tranqüila na favela. Não houve registro de tumulto. O comércio está fechado em sinal de luto, desde a tarde desta quarta.
O traficante e um comparsa, Ronaldo Araújo Silva, 27, o Digão, foram mortos em uma casa na parte alta da favela. Eles foram identificados por meio de exames de digitais realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Baseados em informações passadas ao Disque-Denúncia, os policiais iniciaram às 6h a operação, visando a prisão dos traficantes. Somente no final da tarde os policiais localizaram a casa onde eles estavam. Cercados, Lulu e Digão reagiram, foram baleados e morreram a caminho do Hospital Miguel Couto.
Apreensão
Segundo a Secretaria da Segurança do Rio, com os dois criminosos foram apreendidos dois fuzis HK, outros dois fuzis de calibres diferentes, duas pistolas calibre 45, dez carregadores de pistola e munições para fuzil 762 e 556.
Também foram apreendidos quatro toucas ninja, um colete à prova de balas, dois uniformes de camuflagem do Exército, um livro de magia negra e dois sacos com pó branco --parecido com cocaína--, além de maconha.
Durante a operação, 23 suspeitos foram detidos e levados para a 15ª Delegacia de Polícia (Gávea) para identificação.
Disputa
Com a morte dos dois traficantes, subiu para 12 o número de vítimas dos confrontos --sete supostos criminosos, dois policiais e outras três pessoas.
A disputa por pontos-de-venda de drogas começou na última sexta-feira, quando traficantes do vizinho morro do Vidigal --entre eles Eduíno de Araújo, o Dudu (antigo chefe do tráfico na Rocinha)-- tentaram invadir a Rocinha.
Cerca de 1.300 policiais ocupam a Rocinha desde o início da semana.
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