Fast
food apanha de churrasquinho grego e hot-dog de rua
A briga das
grandes redes de fast food por mais público saiu das lojas
para enfrentar a difícil concorrência com os vendedores
de rua. Diante de um mercado que oferece refeições
com preços que chegam a ser inferiores a R$ 1 e que dispensam
até o pagamento em dinheiro - na economia informal, passes
de ônibus valem o mesmo que moeda corrente -, a solução
é reduzir os preços para gerar mais fluxo de consumidores
e ganho de escala.
O McDonald's,
que desde o início do ano tem deflagrado promoções
agressivas, anuncia hoje a redução em até 50%
do preço de alguns produtos. A partir desta semana, em todas
as terças-ferias, o hambúrgueres simples terão
o preço rebaixado de R$ 1,50 para R$ 0,79. Às quintas-feiras,
será a vez de o cheeseburguer ter o valor reduzido de R$
1,85 para R$ 0,99. O preços assemelham-se muito aos obtidos
pelo consumidor na compra dos populares cachorros-quentes e churrasquinhos
gregos vendidos na rua.
A rede de lanchonetes declara que não se trata de promoção,
mas de uma estratégia "que veio para ficar", com
objetivo de aumentar em 10% o fluxo de clientes em suas lojas. Já
a rede de comida rápida árabe, o Habib's, não
aumenta o preço de suas esfihas há sete anos para
manter em alta a venda de seus produtos. É uma disputa feroz,
em que os únicos que sairão perdendo serão
os nossos estômagos.
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mais:
- Fast food enfrenta o carrinho de hot dog
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Fast
food enfrenta o carrinho de hot dog
A briga das
grandes redes de fast food por mais público saiu das lojas
para enfrentar a difícil concorrência com os vendedores
de rua. Diante de um mercado que oferece refeições
com preços que chegam a ser inferiores a R$ 1 e que dispensam
até o pagamento em dinheiro - na economia informal, passes
de ônibus valem o mesmo que moeda corrente -. a solução
é reduzir preços para gerar mais fluxo de consumidores
e ganho de escala.
O McDonald's,
que desde o início do ano tem deflagrado promoções
agressivas, anuncia hoje a redução em até 50%
do preço de alguns produtos. A partir desta semana, em todas
as terças-ferias, o hambúrgueres simples terão
o preço rebaixado de R$ 1,50 para R$ 0,79. Às quintas-feiras,
será a vez de o cheeseburguer ter o valor reduzido de R$
1,85 para R$ 0,99. O preços assemelham-se muito aos obtidos
pelo consumidor na compra de um cachorro-quente e um copo de suco
nas ruas das grandes cidades.
O Mcdonald's
declara que não se trata de promoção, mas de
uma estratégia "que veio para ficar", com objetivo
de aumentar em 10% o fluxo de clientes em suas lojas. Trata-se de
uma continuidade do novo posicionamento da marca, cujo mote publicitário
é "Aqui todo mundo pode", lançado em fevereiro.
O primeiro modelo
"popular" do Mcdonald's foi o sanduíche de queijo
quente, vendido desde o início da campanha a R$ 0,99. O item
foi incluído no cardápio para brigar também
com lanchonetes e padarias.
Na quarta-feira,
a rede promete anunciar o lançamento de uma nova linha de
produtos, também com o objetivo de atrair mais consumidores,
dentro de uma estratégia mais competitiva de preços.
"Nossos
maiores concorrentes são as carrocinhas de cachorro-quente,
restaurantes de quilo, cantinas e pizzarias. Existe um em cada esquina",
diz Alberto Saraiva, presidente do Habib's, cadeia de 200 lojas
de comida árabe.
A rede de franquias
até prefere abrir lojas ao lado do McDonald's, que Saraiva
chama de "concorrência positiva".
Preço
baixo e ganho de escala fazem parte da receita do Habib's desde
a sua fundação, explica o executivo. O Habib's vende
esfiha a R$ 0,29 nos restaurantes em que o movimento é grande.
Nestes locais, alcança entre 300 mil e 400 mil unidades por
mês.
"Essas
lojas preferiram não aumentar os preços, que são
os mesmos há pelo menos sete anos", diz Saraiva. Ele
garante que ainda assim ganha dinheiro com as esfihas. Nas lojas
menores, o produto é vendido por R$ 0,39.
No México,
onde o Habib's já possui quatro lojas próprias e vai
inaugurar outras três no próximo mês, a disputa
com os informais é ainda mais ferrenha. Em vez de vans de
cahorro-quente, a briga no mercado mexicano é com os vendedores
de tacos, para os quais bastam "duas tábuas de madeira
na rua", diz Saraiva .
Para enfrentar
o taco, o Habib's vende esfiha no México por 1 peso, ou US$
0,10, mais barato que no Brasil. Segundo Saraiva, as lojas mexicanas
já atingiram a escala das brasileiras, com uma saída
de 250 mil a 300 mil esfihas mensais.
No Brasil, um
dos alvos do Habib's é o mercado carioca. "No Rio, a
concorrência fora do fast food (organizado) é bem menor
do que em São Paulo", diz Saraiva, que planeja abrir
uma loja na favela da Rocinha, onde o Bob's está presente.
(Valor)
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