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17/12/2003
Mortes violentas aumentaram em todo o país em 2002, diz IBGE

A violência no país vem deixando mais vítimas ao longo dos últimos anos, principalmente na população masculina jovem, e não se restringe apenas aos Estados do Rio ou São Paulo. Dados do IBGE referentes ao ano passado mostram um aumento generalizado no país do número de mortes causadas por violência (como homicídios e acidentes de trânsito), tanto em áreas urbanas como no campo.

Todas as regiões do país registraram alta de mortes causadas por violência na população masculina, exceto o Centro-Oeste, onde a incidência permaneceu elevada no período analisado (1990-2002), em torno de 20%.

No Norte e Sudeste, a proporção aumentou de 15% em 1990 para 17% em 2002, o que representou um crescimento de 13,3% ou dois pontos percentuais.

No Nordeste, houve a maior alta no número de mortes violentas, de 18%. A região fechou o ano passado com 13,5% das mortes masculinas causadas por violência. No Sul, o número de mortes violentas no grupo cresceu 18%.

Segundo o demógrafo da Coordenação de Indicadores Sociais do IBGE Celso Simões, o aumento está relacionado à criminalidade associada à estagnação econômica e ao desemprego nos grandes centros urbanos e aos conflitos por terra nas áreas rurais.

Mortes
As mortes causadas por violência incidem muito mais na parcela masculina da população - para cada mulher morta por violência, são três homens mortos pela mesma causa.

Em 2002, 16,3% das mortes entre os homens foram causadas por violência. Em 2001, o percentual era de 16,1% e em 1990, de 14,2%. Na população feminina, a proporção foi de 4,53% em 2002.

Entre os homens, os jovens são ainda mais atingidos - 70,67% das mortes registradas no ano passado foram por causas violentas. Essa foi a maior taxa desde 1990.

A pesquisa Registro Civil, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, contém dados sobre a totalidade de nascidos vivos, índice de casamentos, mortes e óbitos fetais informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, e de separações e divórcios declarados pelas Varas de Família ou Varas Cíveis.

 

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, sucursal do Rio

   
 
 
 

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