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22/10/2003
Estudo mostra a realidade da deficiência física

Fundações Banco do Brasil e Getúlio Vargas divulgam resultados de pesquisa inédita Um estudo inédito da Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, aponta que o repasse de um salário mínimo a portadores de deficiência pelo governo por meio do Benefício de Prestação Continuada (BPC) cresceu 350% entre 1996 e 2001. A pesquisa mostra ainda que o número de deficientes no País varia de acordo com escolaridade, idade e renda.

Divulgado ontem, o relatório Diversidade - Retratos da Deficiência no Brasil considerou o grau de severidade das deficiências e revelou ainda que 14,5% da população brasileira apresenta algum tipo de limitação.

Segundo o estudo, metade da população com mais de 60 anos sofre algum tipo de deficiência e a média de renda das pessoas com limitações físicas é de R$ 529,00, enquanto a de quem não as tem fica em torno de R$ 628,00.

Além disso, é possível perceber diferenças na escolaridade: 27,61% dos deficientes não são alfabetizados. "Nota-se também uma certa concentração de deficientes no Nordeste, justamente por ser a região mais pobre", explica o chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri. A Paraíba lidera o ranking dos Estados com maior número de deficientes: 18,76% da população.

"Trata-se de um estudo que aponta possibilidades de inclusão e de aplicação de políticas sociais", afirma a diretora da área de Saúde e Assistência Social da Fundação Banco do Brasil, Dulcejane de Souza Vaz.

É exatamente isso que os portadores de deficiência vêm cobrando. A consultora em projetos de inclusão social Andrea Schwarz, de 27 anos, afirma que muitas empresas não sabem por onde começar quando querem criar programas que atendam às necessidades desse público. "Fora isso, as cidades não estão preparadas para recebê-los. Só na capital, 8 mil pessoas ficam na cadeira de rodas mensalmente e a cidade não se dá conta disso", diz.

Andrea, que sofreu uma lesão na medula e perdeu os movimentos das pernas, diz que o mapa vai ser uma referência para o País.

Os dados ficarão disponíveis em bibliotecas e universidades públicas e nos sites www.cidadania-e.com.br e www.fgv.br/cps.

 

Bárbara Souza
De O Estado de S. Paulo

   
 
 
 

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