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sociedade civil
21/10/2003
Brasileiro é a favor da proibição da venda de armas, diz pesquisa

A maior parte dos brasileiros é a favor da proibição da venda de armas, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje. De acordo com o levantamento, 74,1% dos entrevistados são favoráveis à proibição, enquanto que 23% são contra.

A pesquisa foi feita entre os dias 15 e 17 deste mês, em 195 municípios de 24 Estados do país. Foram ouvidas 2.000 pessoas. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Segundo a pesquisa, 73,1% dos entrevistados são a favor de tornar o porte ilegal de arma um crime inafiançável. Já 21,3% se mostraram contra a medida, que faz parte do Estatuto do Desarmamento, em trâmite no Congresso.

Para 62,5% dos entrevistados, portar arma não ajuda a proteger o cidadão da violência. Já 31,1% disseram que a arma auxilia na proteção desde que a pessoa saiba utilizá-la. Para 4,2% das pessoas ouvidas, portar arma é sinônimo de proteção.

Ainda segundo a pesquisa, 49,6% dos entrevistados afirmaram que são contra o direito de a pessoa possuir arma em casa, pois representa perigo para a família. Afirmando que possuir arma em casa gera mais violência, 19,7% dos entrevistados disseram não concordar com a posse. Já 29% disseram concordar com a posse da arma de fogo em casa, desde que seja legalizada.

Violência
A pesquisa também questionou os brasileiros sobre a violência. Para 32,3% dos entrevistados, o tráfico de drogas é a forma de violência que mais ameaça. Em seguida aparecem o assalto em casa ou na rua (26,9%), o estupro (15,3%), a violência em família (9,6%), briga em locais públicos (6,2%) e, por último, o sequestro (6%).

Para 65,1% dos pesquisados, todas as classes sociais são vítimas da violência, enquanto que 20,9% afirmaram que somente os pobres são afetados. De acordo 38,7% dos entrevistados, o desemprego é a principal causa da violência, seguida pelo tráfico de drogas (25,2%), pela miséria (20,3%), pela falta de autoridade dos governantes (6,9%) e pela corrupção (6,5%).

Para 31,4% dos entrevistados, a cidade onde moram é "mais ou menos" violenta, enquanto que 29,5% disseram que é violeta e outros 28,1% disseram que é pouco violenta. Para 10,7% dos pesquisados, a cidade onde moram é "nada violenta".


RICARDO MIGNONE
Da Folha Online, em Brasília

   
 
 
 

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