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Dia 07.03.02

 

 

Jovens continuam inseguros sobre escolha profissional

Rodrigo Zavala
Especial para o GD

Você vai prestar para o quê? A típica pergunta feita aos alunos do Ensino Médio está cada vez mais difícil de ser respondida. Pelo menos, esta é a conclusão do estudo elaborado pelo DataTeen, setor de pesquisas do Instituto Paulista de Adolescência (IPA). Segundo o relatório, quase metade (42%) dos estudantes que vão prestar vestibular não se sentem seguros sobre sua escolha profissional.

"Isso responde, em parte, porque existe uma grande taxa de abandono dos cursos universitários", explica o diretor do instituto, Eugênio Chipkevitch. Para se ter uma idéia, só na Universidade de São Paulo (USP) as taxas de evasão chegam a 40% em alguns cursos.

A explicação para o comportamento indeciso do jovem é uma combinação de vários fatores. Primeiramente, a escola que não dá base para as decisões do aluno. Apenas 10% dos entrevistados conseguem informações em suas escolas. Já a TV influencia 42,9%. "Os jovens são bombardeados por informações como saturação de algumas áreas e mudanças em outras, o que leva a uma certa confusão mental", afirma.

O amadurecimento tardio das novas gerações também é uma das possíveis razões apontadas por Chipkevitch. Para ele, a adolescência se esticou. Não só ela se tornou mais precoce, como também avançou até um pouco mais dos vinte anos. "Os jovens entram nessa fase mais novos e saem dela bem mais velhos em comparação às gerações dos pais."

Para o pedagogo Silvio Bock, do Instituto de Orientação Vocacional e Redução, a taxa de convicção dos estudantes do Ensino Médio (58%) registrada pelo IPA precisa de um adendo. "É preciso saber qual é a qualidade das respostas afirmativas", questiona. Para ele, existe apenas uma impressão de convicção.

Há anos trabalhando com estudantes, Bock percebeu que alguns adolescentes não conseguem responder o porquê de sua escolha. "São jovens que têm certeza do que querem. No entanto, quando se questiona os motivos da escolha profissional, não sabem". Por isso, o pedagogo acredita que o número de indecisos pode ser bem maior do que o apresentado na pesquisa do instituto.

 
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