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Dia 07/08/01

 

 


Percepção de risco de morte é maior em jovens de baixa renda

Rodrigo Zavala
Equipe GD

A proporção de jovens que acreditam correr risco sério de morte é maior entre alunos de escola pública se comparados com os de escola particulares. Foi o que levantou pesquisa realizada pelo Instituto Paulista de Adolescência (IPA) com apoio do Centro Latino-Americano e do Caribe e Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

O Instituto aplicou um questionário a 1393 adolescentes (12 a 20 anos), estudantes de escolas públicas e particulares dos municípios de São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ) e Sete Lagoas (MG).

Segundo o estudo, o medo da morte se torna uma real e concreta em função da realidade que cerca os jovens. Para metade dos adolescentes (48,5%) a possibilidade de morrer antes dos 20 é "considerável" e 21% avaliam esse risco como "muito grande".

O último índice varia bastante entre os diferentes estratos sociais: de 10,8% entre alunos de escolas particulares a 34,6% entre alunos de escolas públicas.

Os alunos de escolas públicas também relatam com mais freqüência perda de pai, irmãos e amigos do que os alunos de instituições particulares de ensino. O percentual de adolescentes da amostra mostrou que, em escolas particulares, que perderem um amigo é de pouco mais de 15%. Já em escolas estaduais esse índice sobre para quase 30%.

"Os índices mais elevados de mortalidade em regiões pobres dos municípios, mostram que os adolescentes carentes encaram mais freqüentemente a situação de perda e se sentem mais vulneráveis", afirma o terapeuta Eugenio Chipkevitch, diretor do IPA e editor da revista Pais e Teens.

Para o terapeuta, o estudo ainda desmonta o mito de que o adolescentes se sentem invulneráveis. "Antes se acreditava que eles não avaliavam os riscos de suas ações. O jovem vive com medo da morte, o que para ele se torna uma possibilidade real dependendo do meio onde se encontra", explica.


 
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