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Dia 29/07/01

 

 


Capacitação profissional não garante primeiro emprego

Raquel Souza
Especial GD

Sem uma política governamental para criar empregos, a capacitação para o mercado de trabalho e a qualificação profissional efetuada por ONGs e outras entidades em todo o Brasil é ineficaz. A conclusão é fruto da pesquisa da assistente social Maria Fernanda Salgueiro, divulgada no último dia 26, na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).

Segundo a pesquisa, o esforço das instituições não é suficiente para inverter o quadro de exclusão dos jovens de baixa renda que buscam o primeiro emprego. "Como não há políticas públicas que criem novos postos, as pessoas da periferia conseguem apenas trabalhos precários", diz Maria Fernanda.

Ela conta que, na maioria das vezes, os jovens, por falta de oportunidade, criam cooperativas de trabalho, o que garante um desenvolvimento comunitário no bairro, ou favela em que estão inseridos. Em outros casos, os jovens trabalham informalmente como cabeleireiros, manicures, eletricistas e carpinteiro, sem que lhe sejam garantidos qualquer benefício trabalhista.

O problema dessas atividades, segundo Maria Fernanda é que elas não garantem a saída dessa população da categoria de excluídos e muito menos desenvolve algum tipo de projeto de carreira. "As ações das entidades acabam se tornando assistenciais já que não tiram os jovens do nível precarizado de vida que levam", afirma.

Mesmo assim, o trabalho das ONGs, segundo a assistente social, dá a população juvenil uma maior consciência política e organização comunitária. "As entidades se tornam um espaço de discussão sobre as problemáticas sociais".

Os coordenadores dos programas de capacitação também começam a se despertar para o problema maior: "eles percebem que além da capacitação, são necessárias vagas e oportunidades de trabalho", conclui Maria Fernanda.

 
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