Universitários
superam analfabetos em programa de combate à pobreza
Raquel
Souza
Equipe GD
Dos mais
de 155 mil inscritos no programa "Operação
Trabalho", que vai formar frentes de trabalho na Prefeitura
de São Paulo, 1,4% é constituída de universitários.
O número ultrapassou o índice de participação
de analfabetos que é de 1%.
O dado
foi divulgado hoje, pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho
e Solidariedade de São Paulo. De todos os cadastrados
no programa, 2.100 frequentaram a universidade. Cerca de 70%
dos inscritos possui até 4 anos de escolarização.
De acordo
com o Secretário Marcio Pochmann, o fenômeno
já era observado anteriormente pelos levantamentos
de sua equipe. "É a nova pobreza de São
Paulo. Temos um número significativo de jovens entre
21 e 31 anos, brancos, escolarizados", afirma.
O levantamento
foi feito a partir das fichas de inscrição no
programa social. Para se inscrever era necessário ter
renda familiar igual ou inferior à dois salários
mínimos e estar desempregado a mais de 8 meses.
Apesar
do grau de instrução, os inscritos com nível
superior estão interessados em ocupar trabalhos temporários
como agentes de trânsito, servidores de limpeza ou auxiliares
em bibliotecas municipais. A remuneração não
ultrapassa um salário mínimo.
Pochmann
diz que, diante deste quadro, é necessário pensar
em novas estratégias de combate à pobreza e
ao desemprego. "Não se pode continuar agindo apenas
com políticas tradicionais como a capacitação
e escolarização", conclui.
Leia
integra da pesquisa
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