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Publicação
levanta debate sobre financiamento de candidatos
Miguel Vieliczko
Equipe GD
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social lançou ontem
(24-5) a publicação "A Responsabilidade Social das Empresas no Processo
Eleitoral". Ela será distribuída entre as 267 empresas associadas
ao instituto e formadores de opinião.
O objetivo é aprofundar a discussão sobre o financiamento de campanhas
políticas pela iniciativa privada.
De acordo com Oded Grajew, presidente da instituição, o envolvimento
com o processo eleitoral, além de contribuir para o combate à corrupção
e à ineficiência no governo, evidencia a preocupação social das
empresas e se reflete em maior produtividade.
Segundo Guilherme Leal, presidente executivo da Natura e membro
do conselho deliberativo do instituto, essa participação deve ser
um ato de cidadania e não uma troca comercial. "A sociedade cada
vez mais valoriza o componente ético como critério para escolher
um produto", disse.
O envolvimento político, segundo Leal, não melhora apenas a imagem
de uma companhia. "A eleição de candidatos populistas - que prometem
obras sem que o governo tenha recursos e depois aumentam os impostos
para viabilizá-las - prejudica o setor privado, pois aumenta as
cargas tributárias", explicou. "É mais vantajoso gastar com campanhas
do que arcar com os custos de um governante corrupto", opinou.
Uma das principais medidas sugeridas na publicação é a transformação
da empresa numa escola de cidadania. Isso seria possível com o envolvimento
dos funcionários em debates que proponham a reflexão sobre o passado
dos candidatos. "Vivemos numa democracia participativa, a empresa
tem que entender que ela é um centro de referência e criação de
valores", alertou Grajew.
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