Aumento
do PIB não significa criação de empregos
Alexandre
Sayad
Equipe GD
A retomada da
economia brasileira, comandada pela indústria, é um fator sazonal,
atrelado ao comportamento da economia norte-americana e não significa
criação de empregos. É o que pensa Marisan de Sousa, professor do
departamento de economia da Universidade Católica de Pernambuco.
"No setor industrial podemos identificar empresas altamente competitivas
no mercado externo", diz. "Então a base da recuperação poderia estar
na demanda americana, que com certeza se retrairá com o aumento
das taxas de juros básicas determinadas pelo FED (Federal Reserve,
o banco central norte-americano)", explica.
O PIB brasileiro aumentou 3,08% no primeiro trimestre de 2.000,
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O setor industrial cresceu 5,69%. Só em São Paulo, a indústria abriu
8.615 vagas (segundo a Fiesp); uma recuperação pequena se comparada
às perdas desde o começo do Real.
"Mesmo que a tendência de recuperação da economia puxada pelas exportações
se confirme haverá poucas alterações na criação de empregos", disse.
Segundo ele, esse setor apresenta aumento de produtividade e não
de mão-de-obra.
(colaborou Miguel Vieliczko)
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