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Dia 31.08.01 às 17h35min
 

 

Nível de emprego ficará estagnado, apontam pesquisas

Rodrigo Zavala
Equipe GD

A tendência para os próximos meses é que o nível de emprego se mantenha estável na região metropolitana de São Paulo. Isso seria uma boa notícia se não se tratasse dos meses de pico de produção, quando, tradicionalmente, o desemprego sofre uma significativa queda. As conclusões se baseiam em duas pesquisas divulgadas esta semana.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pela Fundação Sistema de Análise de Dados (Seade) mostrou que, em julho, 17,3% da População Economicamente Ativa (PEA) da Grande São Paulo estava sem emprego. Em junho, esse índice era de 17,5%.

No entanto, isso não quer dizer que a quantidade de desempregados seja menor. Na verdade, 11 mil trabalhadores perderam seus empregos. Porém, neste mesmo período, o tamanho da PEA encolheu com a saída de 35 mil pessoas. Portanto, a porcentagem de desempregados em relação ao total da PEA diminuiu.

Segundo Paula Montagner, gerente de Análises e Estudos Sociais da Seade, esse número de trabalhadores que deixaram a PEA é comum. "A oscilação demonstrada na pesquisa reflete aquele tipo de pessoa que trabalha esporadicamente para ajudar a renda e não procura emprego", explica

Um exemplo dado por Paula é o caso das costureiras de bairro. De acordo com ela, algumas mulheres, geralmente donas de casa e cônjuges de trabalhadores, aceitam um trabalho de costura nos períodos de novas coleções. "São pessoas que, por incrível que pareça, o trabalho bate na porta. Elas não procuram, uma amiga as indica", conta.

De qualquer forma, a tendência para os próximos meses é que a taxa de desemprego tenda a cair mais lentamente do que vinha desde o começo do anos e fique estagnado.

O outro estudo, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), corrobora com a Seade ao mostrar que se depender do empresariado, não haverá sequer trabalhos temporários. Dos 402 empresários entrevistados pela Fiesp, em julho, 81% dos empresários não vão contratar temporários nos meses de setembro e outubro de pico de produção, 13% destes pensam até em demitir.

Apenas 9% espera aumentar o número de funcionários pelos próximos meses que, só para constar, são meses de pico de produção e que, tradicionalmente, novos postos de trabalhos são criados.

Os empresários responsabilizam a retração econômica causada pela alta dos juros e do dólar, o racionamento de energia elétrica e a instabilidade gerada pela crise argentina

 

 
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