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Dia 10.08.00

Geração de renda recupera a cidade

Está em andamento em Recife a criação de projeto batizado de "Porto Digital" - uma experiência que mistura tecnologia de ponta e recuperação urbana -, sustentado pela Universidade Federal de Pernambuco, governo estadual, empresários e entidades não-governamentais.

Até pouco tempo uma zona degradada, ocupada por marginais e prostitutas, o bairro do Recife, criado pelos holandeses, parecia irremediavelmente condenado ao abandono, sem qualquer perspectiva econômica.

Numa articulação de várias esferas do poder público e iniciativa privada, os prédios foram recuperados, gerando lazer e cultura, num estilo semelhante ao que ocorreu no Pelourinho, em Salvador - novos frequentadores transitam pelo bairro.

Nesse espaço está em andamento uma experiência capaz de garantir essa recuperação, fugindo dos riscos dos modismos dos bares: dar incentivos para que ali se concentre a produção de tecnologia digital, usando os armazéns abandonados da região portuária como incubadoras de empresas ou centros de pesquisa.

Para lá vão ser transferidos, instalados nos prédios históricos, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e um laboratório da Universidade Federal de Pernambuco.

Ao transformar um espaço urbano em pólo tecnológico, gerando renda e empregos sofisticados, Recife tenta assegurar que as reformas não signifiquem apenas fachadas.

Em várias partes do mundo, bairros foram recuperados porque o poder público foi indutor de atividades econômicas, atraindo moradores de maior poder aquisitivo e capazes de abrir lojas ou ateliês. Em Nova York, a prefeitura facilitou a venda dos chamados "lofts", antigas fábricas, a artistas - e, assim, rejuvenesceram-se locais hoje badalados no Soho, Tribeca ou Chelsea, decadentes depois da mudança do perfil econômico da região.

Essa mesma linha é seguida em Santo André, no chamado "Programa Integrado de Inclusão Social", no qual estão envolvidas a Organização das Nações Unidas e a PUC de São Paulo. Foram desenvolvidas melhorias sociais em quatro favelas nas áreas de educação, saúde e lazer, além de infra-estrutura.

Em troca do direito de participar do programa de renda mínima, exigiu-se das famílias que participassem de cursos e oficinas, visando desenvolver habilidades profissionais.

Surgiram quatro cooperativas, ajudadas por incubadoras: oficinas de costura, prestação de serviço de limpeza, construção civil e manutenção predial. As costureiras, por exemplo, tiveram a ajuda do Senai.

O êxito do projeto é atribuído à articulação entre diferentes esferas da prefeitura e do poder local. Antes do início do programa, secretarias de educação, habitação, saúde e desenvolvimento econômico montaram uma estratégia conjunta de intervenção.
A chave do sucesso é descobrir a vocação da comunidade e, a partir daí, ajudá-la a construir um plano de geração de renda.

É o que se vê em Curitiba, onde acoplou-se a construção de habitações a pequenos espaços para que os moradores desenvolvam alguma atividade comercial. E, agora, como em Santo André, galpões são incorporados com a criação de cooperativas.


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Santo André aposta em integração de ações para melhorar favelas

Raquel Souza
Equipe GD

Quatro favelas do município de Santo André estão envolvidas em uma iniciativa que pretende fornecer subsídios para o desenvolvimento econômico sustentável, melhoria da educação, saúde e lazer. Trata-se do Programa Integrado de Inclusão Social.

Desde 97, quando foi criado, o Programa já envolveu mais de 16 mil pessoas das favelas de Sacadura Cabral, Tamarutaca, Quilombo II e Capuava. "Ao mesmo tempo em que nos propusemos urbanizar a região, houve uma preocupação de implementar um sistema de geração de renda", contou Maria Madalena Alves, Coordenadora do Programa Integrado de Inclusão Social.

Para ela, o processo de urbanização melhora as condições de vida das favelas, contribuindo até para elevar a auto-estima dos moradores que passam a acreditar na possibilidade de montar negócios que prosperem na região.

Com o programa de renda mínima as famílias receberam auxílio da prefeitura. Em contrapartida comprometeram-se com a participação de cursos e oficinas do Programa. "Uma boa parte dessas pessoas voltaram à escola formal e com ajuda da incubadora de cooperativas elaboraram formas de ganhar dinheiro", disse Maria Madalena.

Dessa experiência surgiram quatro cooperativas - oficina de costura, prestação de serviço de limpeza, construção civil e manutenção predial. Quando necessário, segundo a coordenadora, busca-se o auxilio de entidades com maior experiência no assunto. A cooperativa de costureiras, por exemplo, teve apoio do Senai-SP que assessorou toda a montagem da oficina.

Também é grande a quantidade de pessoas que fazem trabalhos individuais como crochê, tricô, confecção de roupas e venda de alimentos. Todos recebem ajuda de uma equipe técnica até o amadurecimento do negócio.

Para Maria Madalena, o êxito da experiência se deve à articulação entre diferentes instâncias da prefeitura e a população local. Ou seja, antes do inicio do programa, secretarias de educação, habitação, saúde, lazer e desenvolvimento econômico elaboraram uma estratégia conjunta de intervenção buscando apoio e subsídio na comunidade.

Atualmente, a prefeitura tem incentivo do PGU-ONU (Programa de Gestão Urbana da Organização das Nações Unidas) e da União Européia. Há também a assessoria do IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) e PUC-SP.


 

 
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