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31/05/2006
-
18h39
da Folha Online
O principal efeito que a redução dos juros tem sobre a economia é permitir investimentos que seriam inviáveis quando as taxas estão mais elevadas. Por exemplo, se o custo de um empréstimo é muito alto para uma empresa, ela vai deixar de financiar a compra das máquinas de que necessita para incrementar sua produção, mas poderá fazê-lo quando os juros caírem.
"O consumo das pessoas também aumenta, porque o crédito fica mais barato", explica a economista Marcela Prada, da consultoria Tendências.
No Brasil, a queda da taxa básica de juros da economia tem ainda uma conseqüência importante sobre a dívida pública, grande parcela da qual é corrigida de acordo com a Selic. Reduzindo o seu endividamento, sobra um pouco mais de recursos para o governo investir.
Estima-se que o resultado da diminuição dos juros demore cerca de seis meses para ser sentido, provocando o aquecimento da economia.
"Entretanto, é um equívoco dizer que os cortes de juros provocam o crescimento da inflação. Existe uma nuance aí: da mesma forma que aumenta o poder de compra da população, também cresce a capacidade produtiva das empresas", frisa Heron do Carmo, presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo).
Aplicações financeiras
Se parte da dívida pública é atrelada à Selic, a diminuição dos juros reduz a atratividade das aplicações em títulos do governo. Assim, os investidores no mercado financeiro buscam alternativas que ofereçam um retorno maior, como a Bolsa de Valores.
Selic
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos.
O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias.
Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos e é referência para os juros de toda a economia.
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Entenda o efeito da redução dos juros sobre a economia
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O principal efeito que a redução dos juros tem sobre a economia é permitir investimentos que seriam inviáveis quando as taxas estão mais elevadas. Por exemplo, se o custo de um empréstimo é muito alto para uma empresa, ela vai deixar de financiar a compra das máquinas de que necessita para incrementar sua produção, mas poderá fazê-lo quando os juros caírem.
"O consumo das pessoas também aumenta, porque o crédito fica mais barato", explica a economista Marcela Prada, da consultoria Tendências.
No Brasil, a queda da taxa básica de juros da economia tem ainda uma conseqüência importante sobre a dívida pública, grande parcela da qual é corrigida de acordo com a Selic. Reduzindo o seu endividamento, sobra um pouco mais de recursos para o governo investir.
Estima-se que o resultado da diminuição dos juros demore cerca de seis meses para ser sentido, provocando o aquecimento da economia.
"Entretanto, é um equívoco dizer que os cortes de juros provocam o crescimento da inflação. Existe uma nuance aí: da mesma forma que aumenta o poder de compra da população, também cresce a capacidade produtiva das empresas", frisa Heron do Carmo, presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo).
Aplicações financeiras
Se parte da dívida pública é atrelada à Selic, a diminuição dos juros reduz a atratividade das aplicações em títulos do governo. Assim, os investidores no mercado financeiro buscam alternativas que ofereçam um retorno maior, como a Bolsa de Valores.
Selic
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos.
O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias.
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