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29/07/2003
-
00h02
da Folha Online
Linha barata, tarifa cara. É esse o novo problema enfrentado pelo consumidor brasileiro cinco anos após a privatização do Sistema Telebrás.
Segundo dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), responsável por medir a variação de preços na cidade de São Paulo, a linha telefônica foi o produto que ficou mais barato desde o início do Plano Real, com uma queda de 98% no preço.
Em compensação, a conta de telefone subiu 512% no mesmo período, a segunda maior alta registrada entre os vilões da inflação no município, atrás apenas dos aluguéis.
O resultado disso é que mais de 20% das linhas telefônicas existentes hoje no Brasil estão desligadas. Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), existem hoje 49,4 milhões de linhas --38 milhões em operação e 11,4 milhões ociosas.
"A empresa tem a linha, mas não encontra quem tenha condições de pagar a conta", diz o analista do Unibanco Luis Fernando Azevedo. "Agora, quem não tem telefone é porque não tem como pagar."
Muitas dessas linhas ociosas nunca foram utilizadas. As empresas espelho, que deveriam concorrer com as grandes empresas fixas não conseguiram conquistar nem 5% do mercado. Estima-se que metade desse encalhe se deva a esse fator.
Outro problema é que, apesar de não haver demanda, as empresas são obrigadas pela Anatel a manter um certo número de linhas ociosas para serem instaladas assim que requisitadas. Mesmo assim, a estimativa é que 3 milhões de linhas seriam suficientes para atender essas metas, número bem inferior aos mais de 11 milhões de linhas sem uso.
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Linha telefônica ficou 98% mais barata, mas tarifas subiram 512%
EDUARDO CUCOLOda Folha Online
Linha barata, tarifa cara. É esse o novo problema enfrentado pelo consumidor brasileiro cinco anos após a privatização do Sistema Telebrás.
Segundo dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), responsável por medir a variação de preços na cidade de São Paulo, a linha telefônica foi o produto que ficou mais barato desde o início do Plano Real, com uma queda de 98% no preço.
Em compensação, a conta de telefone subiu 512% no mesmo período, a segunda maior alta registrada entre os vilões da inflação no município, atrás apenas dos aluguéis.
O resultado disso é que mais de 20% das linhas telefônicas existentes hoje no Brasil estão desligadas. Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), existem hoje 49,4 milhões de linhas --38 milhões em operação e 11,4 milhões ociosas.
"A empresa tem a linha, mas não encontra quem tenha condições de pagar a conta", diz o analista do Unibanco Luis Fernando Azevedo. "Agora, quem não tem telefone é porque não tem como pagar."
Muitas dessas linhas ociosas nunca foram utilizadas. As empresas espelho, que deveriam concorrer com as grandes empresas fixas não conseguiram conquistar nem 5% do mercado. Estima-se que metade desse encalhe se deva a esse fator.
Outro problema é que, apesar de não haver demanda, as empresas são obrigadas pela Anatel a manter um certo número de linhas ociosas para serem instaladas assim que requisitadas. Mesmo assim, a estimativa é que 3 milhões de linhas seriam suficientes para atender essas metas, número bem inferior aos mais de 11 milhões de linhas sem uso.
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