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18/12/2003
-
11h56
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A queda da participação de mercado da cervejaria AmBev devido à ofensiva de marketing da Schincariol já prejudica o desempenho das ações na Bovespa da dona das marcas Antarctica, Brahma, Skol e Bohemia.
Em novembro, a AmBev registrou uma fatia de 62,6% no mercado brasileiro de cervejas, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao mês de outubro, segundo dados da consultoria Nielsen.
"A notícia foi uma surpresa negativa", afirma o analista da corretora Fator Doria Atherino, Daniel Pasquali.
Neste mês, as ações preferenciais da AmBev acumulam uma queda de 4,6%, segundo dados da consultoria Economática. Já o principal índice da Bovespa já subiu 5% no período. No ano, no entanto, AmBev PN ainda acumula alta de 28,7%.
Nesta semana, o papel chegou a ser cotado por R$ 654 no pregão paulista. Para se ter idéia, a cotação máxima do ano da ação é de R$ 700.
"A participação de mercado histórica da AmBev gira em torno de 69%. Desta forma, acreditamos que no curto prazo o desempenho da sua ação na Bolsa será fraco, o que deverá gerar boa oportunidade de compra", diz Pasquali.
Para o analista, as sucessivas quedas de participação da AmBev têm relação direta com o forte investimento em marketing da Schincariol no relançamento de sua principal marca, a Nova Schin.
"A participação perdida pela AmBev se reverteu integralmente em ganho para a cervejaria originária de Itu (15,2%)", afirma Pasquali.
Ele acreditava que a perda do chamado "market share" da AmBev já estava toda presente nos números de outubro, e que a partir de dezembro a companhia passasse a recuperar o terreno perdido.
"Apesar da campanha da Schincariol estar fora da mídia há cerca de um mês, seus efeitos mostraram-se duradouros. Acreditamos que os efeitos da campanha da Schincariol têm sido amplificados pela intenção de algumas redes varejistas de aumentar seu poder de barganha sobre a líder de mercado", diz.
Na sua avaliação, os dados de novembro indicam que o prazo para a reconquista da participação de mercado perdida pela AmBev poderá ser maior do que o imaginado anteriormente.
Ofensiva da Schin já prejudica ações da AmBev na Bovespa
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da Folha Online
A queda da participação de mercado da cervejaria AmBev devido à ofensiva de marketing da Schincariol já prejudica o desempenho das ações na Bovespa da dona das marcas Antarctica, Brahma, Skol e Bohemia.
Em novembro, a AmBev registrou uma fatia de 62,6% no mercado brasileiro de cervejas, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao mês de outubro, segundo dados da consultoria Nielsen.
"A notícia foi uma surpresa negativa", afirma o analista da corretora Fator Doria Atherino, Daniel Pasquali.
Neste mês, as ações preferenciais da AmBev acumulam uma queda de 4,6%, segundo dados da consultoria Economática. Já o principal índice da Bovespa já subiu 5% no período. No ano, no entanto, AmBev PN ainda acumula alta de 28,7%.
Nesta semana, o papel chegou a ser cotado por R$ 654 no pregão paulista. Para se ter idéia, a cotação máxima do ano da ação é de R$ 700.
"A participação de mercado histórica da AmBev gira em torno de 69%. Desta forma, acreditamos que no curto prazo o desempenho da sua ação na Bolsa será fraco, o que deverá gerar boa oportunidade de compra", diz Pasquali.
Para o analista, as sucessivas quedas de participação da AmBev têm relação direta com o forte investimento em marketing da Schincariol no relançamento de sua principal marca, a Nova Schin.
"A participação perdida pela AmBev se reverteu integralmente em ganho para a cervejaria originária de Itu (15,2%)", afirma Pasquali.
Ele acreditava que a perda do chamado "market share" da AmBev já estava toda presente nos números de outubro, e que a partir de dezembro a companhia passasse a recuperar o terreno perdido.
"Apesar da campanha da Schincariol estar fora da mídia há cerca de um mês, seus efeitos mostraram-se duradouros. Acreditamos que os efeitos da campanha da Schincariol têm sido amplificados pela intenção de algumas redes varejistas de aumentar seu poder de barganha sobre a líder de mercado", diz.
Na sua avaliação, os dados de novembro indicam que o prazo para a reconquista da participação de mercado perdida pela AmBev poderá ser maior do que o imaginado anteriormente.
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