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07/03/2004
-
11h01
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O Playcenter, maior parque de diversões da capital paulista, atrasou o aluguel e deve devolver um imóvel equivalente a 12% de sua área para evitar ação de despejo. Esse terreno, de 13 mil metros quadrados, já está à venda e foi oferecido às principais redes de supermercados e lojas de móveis do país, apurou a Folha Online no mercado imobiliário.
Para espantar a crise, o parque está demitindo funcionários, vai aposentar brinquedos e também antecipou de agosto para este mês sua promoção mais rentável -- o evento "Noites do Terror". Com as chuvas desde janeiro, os visitantes sumiram, prejudicando o caixa do parque, que enfrenta ainda a concorrência das atrações dos shoppings.
Criado há 30 anos e um dos símbolos de São Paulo, o parque tenta manter em sigilo seu plano de reestruturação, tocado desde o fracasso de sua venda para o grupo Mágico, dos mexicanos da CIE, a maior empresa do setor de entretenimento da América Latina e dona de casas de shows como Credicard Hall em São Paulo.
"Todos os parques estão em dificuldades. Não vamos fechar. Já sobrevivemos às piores tempestades. Farei qualquer coisa para reduzir os custos e otimizar o parque. Mas não há nada concreto para anunciar neste momento", diz o presidente e fundador do Playcenter, Marcelo Gutglas, em entrevista à Folha Online.
Dono do terreno confirma
Atualmente, o parque tem de pagar aluguel a cinco proprietários para ocupar uma área total de 13,2 mil metros quadrados, arrendada em 22 contratos de locação. O terreno de frente para a marginal Tietê, onde fica a fachada do parque, é o mais valorizado. Um dos donos dessa faixa é o Geraldo Assunção, sócio da Rosato Agropecuária e Imóveis. Ele pretende fechar acordo com Gutglas ainda neste mês.
"Minha intenção é vender o terreno. O contrato prevê a preferência de compra para o Playcenter. Mas, nos últimos meses, o parque está em atraso com o aluguel. Na próxima semana, vamos tentar costurar um acordo. Darei um desconto na dívida se ele me liberar do prazo do contrato, que só acaba em 2007", afirmou o empresário.
Não é a primeira vez que o parque deixa de pagar o aluguel -- hoje em R$ 50 mil por mês, segundo Assunção. Em 2002, a Rosato moveu ação de despejo contra o Playcenter na Justiça de São Paulo. Nessa época, o parque ainda era ligado à GP Investimentos, principal acionista do Hopi Hari, inaugurado em 1999 em Vinhedo (85 km da capital) e considerado hoje o maior parque temático do país.
Colaborou Ricardo Feltrin, Editor da Folha Online
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O Playcenter, maior parque de diversões da capital paulista, atrasou o aluguel e deve devolver um imóvel equivalente a 12% de sua área para evitar ação de despejo. Esse terreno, de 13 mil metros quadrados, já está à venda e foi oferecido às principais redes de supermercados e lojas de móveis do país, apurou a Folha Online no mercado imobiliário.
Para espantar a crise, o parque está demitindo funcionários, vai aposentar brinquedos e também antecipou de agosto para este mês sua promoção mais rentável -- o evento "Noites do Terror". Com as chuvas desde janeiro, os visitantes sumiram, prejudicando o caixa do parque, que enfrenta ainda a concorrência das atrações dos shoppings.
Criado há 30 anos e um dos símbolos de São Paulo, o parque tenta manter em sigilo seu plano de reestruturação, tocado desde o fracasso de sua venda para o grupo Mágico, dos mexicanos da CIE, a maior empresa do setor de entretenimento da América Latina e dona de casas de shows como Credicard Hall em São Paulo.
"Todos os parques estão em dificuldades. Não vamos fechar. Já sobrevivemos às piores tempestades. Farei qualquer coisa para reduzir os custos e otimizar o parque. Mas não há nada concreto para anunciar neste momento", diz o presidente e fundador do Playcenter, Marcelo Gutglas, em entrevista à Folha Online.
Dono do terreno confirma
Atualmente, o parque tem de pagar aluguel a cinco proprietários para ocupar uma área total de 13,2 mil metros quadrados, arrendada em 22 contratos de locação. O terreno de frente para a marginal Tietê, onde fica a fachada do parque, é o mais valorizado. Um dos donos dessa faixa é o Geraldo Assunção, sócio da Rosato Agropecuária e Imóveis. Ele pretende fechar acordo com Gutglas ainda neste mês.
"Minha intenção é vender o terreno. O contrato prevê a preferência de compra para o Playcenter. Mas, nos últimos meses, o parque está em atraso com o aluguel. Na próxima semana, vamos tentar costurar um acordo. Darei um desconto na dívida se ele me liberar do prazo do contrato, que só acaba em 2007", afirmou o empresário.
Não é a primeira vez que o parque deixa de pagar o aluguel -- hoje em R$ 50 mil por mês, segundo Assunção. Em 2002, a Rosato moveu ação de despejo contra o Playcenter na Justiça de São Paulo. Nessa época, o parque ainda era ligado à GP Investimentos, principal acionista do Hopi Hari, inaugurado em 1999 em Vinhedo (85 km da capital) e considerado hoje o maior parque temático do país.
Colaborou Ricardo Feltrin, Editor da Folha Online
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