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02/06/2005 - 15h11

Greve de servidores atinge INSS, Incra, Ibama e ministérios

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Os servidores públicos federais deflagraram hoje uma greve geral por tempo indeterminado para protestar, principalmente, contra o reajuste de 0,1% proposto pelo governo para este ano.

Segundo a Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), a paralisação atinge diversas categorias: servidores dos ministérios da Agricultura, Cultura, Saúde e Fazenda, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), da Funai (Fundação Nacional do Índio) e Funasa (Fundação Nacional de Saúde), do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho).

A Condsef ainda não mediu o nível de adesão no país, que varia de acordo com o Estado. Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que não iria se manifestar.

Na cidade de São Paulo, os servidores municipais da educação também iniciaram hoje uma paralisação por tempo indeterminado.

Pelos cálculos da Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), a paralisação dos servidores do INSS atinge 70% da categoria --formada por 38 mil funcionários espalhados em 1.189 agências de todo o país. "Se considerar também os servidores da Saúde, Assistência Social e Trabalho, a adesão em nível nacional é de 60%", disse Sandro Alex de Oliveira Cézar, diretor de organização da Fenasps.

Os servidores públicos federais protestam contra a proposta de reajuste salarial feita pelo governo, que prevê apenas 0,1% de aumento, além de R$ 21 de gratificação de produtividade por perícia médica acima da cota diária atual (12 por quatro horas de trabalho, ou 24 por oito horas). A categoria reivindica reposição salarial emergencial de 18% --correspondente às perdas acumuladas no governo Lula-- e recomposição das perdas salariais a partir de 1995.
Educação em SP.

Pelos cálculos do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), a greve dos servidores municipais da educação atingiu 70% da categoria --composta por 75 mil profissionais. Já a Secretaria da Educação informou que todas as unidades estão funcionando.

Os servidores municipais da educação pedem reajuste salarial de 34,76%, piso de três salários mínimos, entre outros itens.

Apesar da reivindicação da categoria, a prefeitura está oferecendo um reajuste de 0,01%.

Outra reclamação se refere à aprovação da reforma da previdência municipal, que aumentou a contribuição dos servidores ativos de 5% para 11%. O Sinpeem foi um dos principais opositores do projeto de lei do prefeito tucano, aprovado no mês passado.

INSS em São Paulo

A superintendência do INSS em São Paulo informou que 22 das 27 agências da capital não estão funcionando hoje. Quatro estão funcionando parcialmente. Apenas uma abriu normalmente.

O nível de adesão na Grande São Paulo seria menor: 38,46%. Das 13 unidades do INSS, quatro estão fechadas, uma funcionou parcialmente e oito estão atendendo normalmente.

No interior do Estado, a paralisação atingiu 17 das 124 agências. Outras 11 funcionaram parcialmente e 96 mantiveram suas atividades. Nessa região, a adesão foi de 23%.

O INSS informa que a paralisação não prejudicará os segurados que já têm perícias agendadas com médicos do quadro. É que as perícias realizadas dentro das unidades da Previdência estão ocorrendo normalmente.

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