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01/11/2001
-
15h15
especial para a Folha de S.Paulo
Uma nova onda de violência tomou conta da Irlanda do Norte (Ulster) desde junho último. Os distúrbios começaram quando alunos católicos, acompanhados dos pais, foram apedrejados por jovens protestantes.
Os ânimos andam acirrados desde que líderes protestantes acusaram o IRA (Exército Republicano Irlandês) de se negar a entregar suas armas. Os católicos, por sua vez, afirmam que a Grã-Bretanha não implementou o acordo de desmilitarizar as Províncias protestantes.
Parte do Reino Unido, a Irlanda do Norte esteve próxima da paz em abril de 1998, quando foi assinado o Acordo da Sexta-Feira Santa (ou Acordo do Ulster), que previa o desarmamento das milícias católicas e protestantes. Submetido a um plebiscito em maio, o documento foi aprovado por 69% dos norte-irlandeses.
As rivalidades entre católicos e protestantes no Ulster datam do século 17 em razão da maciça imigração de protestantes, como parte da estratégia inglesa de domínio sobre a ilha. Mas o conflito atual se intensificou desde o final dos anos 60. De um lado, a maioria dos irlandeses -protestantes, unionistas e identificados com os interesses do domínio britânico. De outro, a minoria católica -nacionalista, que vincula sua identidade nacional à resistência religiosa. Defende o fim da dominação inglesa e a posterior unificação com a vizinha República da Irlanda.
Discriminada, a minoria católica manifesta sua ira em protestos que são duramente reprimidos pelas forças policiais protestantes. O aumento da violência resultou numa intervenção inglesa em 1969, levando à radicalização do conflito. Em 1972, tropas britânicas abriram fogo contra manifestantes católicos, matando várias pessoas, no episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento, tematizado na canção "Sunday Bloody Sunday", da banda irlandesa U2.
Num gesto simbólico, radicais católicos sob a coordenação de Gerry Adams, líder do Sinn Fein (braço político do IRA), anunciaram a entrega das suas armas. Alegam a necessidade de salvar o acordo de paz. Tudo indica que os efeitos de 11 de setembro tenham chegado a Belfast. Com a política americana da "tolerância zero", os membros do IRA, que recentemente foram vistos na Colômbia, estão temerosos de que sua resistência armada possa ser confundida com terrorismo. Nem os extremistas do Ulster desejam ver a organização associada a atos radicais praticados por sectários de Bin Laden.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 1º.nov.2001
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PROFISSÕES
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PROGRAMA
Vídeos ajudam a entender conflitos na Irlanda do Norte
TV debate sobre jovens que estudam e trabalham
Resumão/atualidades - A paz chega ao Ulster
ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
Uma nova onda de violência tomou conta da Irlanda do Norte (Ulster) desde junho último. Os distúrbios começaram quando alunos católicos, acompanhados dos pais, foram apedrejados por jovens protestantes.
Os ânimos andam acirrados desde que líderes protestantes acusaram o IRA (Exército Republicano Irlandês) de se negar a entregar suas armas. Os católicos, por sua vez, afirmam que a Grã-Bretanha não implementou o acordo de desmilitarizar as Províncias protestantes.
Parte do Reino Unido, a Irlanda do Norte esteve próxima da paz em abril de 1998, quando foi assinado o Acordo da Sexta-Feira Santa (ou Acordo do Ulster), que previa o desarmamento das milícias católicas e protestantes. Submetido a um plebiscito em maio, o documento foi aprovado por 69% dos norte-irlandeses.
As rivalidades entre católicos e protestantes no Ulster datam do século 17 em razão da maciça imigração de protestantes, como parte da estratégia inglesa de domínio sobre a ilha. Mas o conflito atual se intensificou desde o final dos anos 60. De um lado, a maioria dos irlandeses -protestantes, unionistas e identificados com os interesses do domínio britânico. De outro, a minoria católica -nacionalista, que vincula sua identidade nacional à resistência religiosa. Defende o fim da dominação inglesa e a posterior unificação com a vizinha República da Irlanda.
Discriminada, a minoria católica manifesta sua ira em protestos que são duramente reprimidos pelas forças policiais protestantes. O aumento da violência resultou numa intervenção inglesa em 1969, levando à radicalização do conflito. Em 1972, tropas britânicas abriram fogo contra manifestantes católicos, matando várias pessoas, no episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento, tematizado na canção "Sunday Bloody Sunday", da banda irlandesa U2.
Num gesto simbólico, radicais católicos sob a coordenação de Gerry Adams, líder do Sinn Fein (braço político do IRA), anunciaram a entrega das suas armas. Alegam a necessidade de salvar o acordo de paz. Tudo indica que os efeitos de 11 de setembro tenham chegado a Belfast. Com a política americana da "tolerância zero", os membros do IRA, que recentemente foram vistos na Colômbia, estão temerosos de que sua resistência armada possa ser confundida com terrorismo. Nem os extremistas do Ulster desejam ver a organização associada a atos radicais praticados por sectários de Bin Laden.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
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