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19/07/2006 - 10h03

A pedido de Raul Cortez, velório acontece com caixão fechado

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da Folha Online

Nesta manhã, amigos e parentes se despedem de Raul Cortez sem observar o corpo do ator. A seu pedido, durante o velório, que acontece no Teatro Municipal, no centro de São Paulo, o caixão permanece fechado.

Cortez morreu às 20h15 de terça-feira (18), no hospital Sírio-Libanês, em razão de "complicações relacionadas a um câncer na região abdominal", segundo informou o hospital em nota. Ele estava internado desde o último dia 30 de junho.

28.jun.2005/Folha Imagem
Raul Cortez desfila na São Paulo Fashion Week em 2005
Raul Cortez desfila na São Paulo Fashion Week em 2005
Uma missa será realizada às 11h desta quarta, e, às 17h, o corpo deve seguir para o crematório da Vila Alpina (zona leste).

Como uma última homenagem ao estilista Ricardo Almeida, o ator, conhecido por seu cuidado com a aparência, pediu para que o vestissem com um terno criado pelo amigo. Cortez desfilou para o estilista na São Paulo Fashion Week em 2005, ocasião em que foi intensamente aplaudido.

Nesta manhã, personalidades do mundo artístico, parentes e amigos próximos da família movimentam o Teatro Municipal. Às 10h, uma fila formada por fãs do ator já dobrava a esquina do edifício.

De acordo com a assessoria da Globo, o local foi oferecido pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), a partir de uma sugestão do ex-prefeito e candidato ao governo estadual José Serra (PSDB).

Uma bandeira do Estado de São Paulo foi colocada pela família e pelos amigos sobre o caixão. Acompanham o velório os irmãos Jô e Lúcia Cortez, a produtora Lulu Librandi e o ator Paulo César Pereio, entre outras pessoas.

Trabalhos

Seu último trabalho foi na minissérie "JK" (Globo) neste ano, mas a lembrança mais presente é do personagem Jeremias Berdinazzi, imigrante italiano ranzinza da novela "O Rei do Gado" (1996-1997). A última novela feita por ele foi "Senhora do Destino", em 2004.

Folha Imagem
Natural de São Paulo, o ator Raul Cortez atuava na TV, no teatro e no cinema
Natural de São Paulo, o ator Raul Cortez atuava na TV, no teatro e no cinema
Cortez ficou famoso na TV em novelas na Globo, a partir dos anos 80, como "Água Viva" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Partido Alto", "Brega & Chique" (1987), "Mandala" (1987-1988), "Rainha da Sucata" (1990), "O Rei do Gado" (1996-1997), "Terra Nostra" (1999-2000) e "Esperança" (2002-2003).

Em sua carreira teatral, Cortez recebeu cinco prêmios Molière. O ator deixa duas filhas: Lígia (com a atriz Célia Helena, que faleceu em 97), que lhe deu as netas Vitória e Clara; e Maria (com a promoter Tânia Caldas). Nos anos 70, ele provocou polêmica declarando a uma revista que todas as pessoas eram bissexuais. Também dizia que permaneceu virgem até os 23 anos.

O ator começou sua carreira no teatro e no cinema, nos anos 50. Fez o filme "O Pão Que o Diabo Amassou" (1957), dirigido pela cineasta Maria Basaglia. Outras atuações de destaque foram nos filmes "Lavoura Arcaica" (2001), de de Luiz Fernando Carvalho, e "A Grande Arte" (1991), de Walter Salles. Em 2004, brilhou ao lado de Fernanda Montenegro no filme "O Outro Lado da Rua", de Marcos Bernstein.

Cortez também tinha uma atuação política. Em 2002, declarou voto ao presidenciável tucano José Serra e fez até uma aparição em seu programa eleitoral. O ator chegou a ser condecorado com a medalha Ordem de Rio Branco pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Segundo a assessoria da Globo, Cortez nasceu no dia 28 de agosto de 1932, na região de Santo Amaro, em São Paulo.

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