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30/08/2007 - 16h23

Reino Unido homenageia princesa Diana em 10º aniversário de morte

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da Folha Online

O Reino Unido marca o aniversário de dez anos da morte de Diana com uma cerimônia oficial nesta sexta-feira. A princesa de Gales morreu em 31 de agosto de 1997 em um acidente de carro ocorrido em Paris, ao lado do então namorado, o milionário egípcio Dodi al Fayed.

Uma missa será celebrada com a presença dos filhos de Lady Di, os príncipes William, 25 e Harry, 22, de seu ex-marido, o príncipe Charles, e da rainha Elizabeth 2ª.

Jacqueline Arzt/AP
A princesa Diana, morta em um acidente de carro em Paris em 31 de agosto de 1997
A princesa Diana, morta em um acidente de carro em Paris em 31 de agosto de 1997

Os príncipes lerão vários textos que falam de seu amor por sua mãe. Eles escolheram a capela de que são membros, como oficiais do Exército. A cerimônia também contará com a presença de parentes de Diana, além do premiê do Reino Unido, Gordon Brown, e de seus dois antecessores: Tony Blair, que chamou Diana de "princesa do povo", e John Major.

Entre os convidados estão ainda celebridades como os músicos Elton John e Cliff Richard, o ator e diretor de cinema Richard Attenborough e o fotógrafo de moda Mario Testino.

A grande ausência do ato será a de Camilla, atual mulher de Charles. A duquesa da Cornualha tinha sido convidada pelos filhos de Diana, mas no último domingo (26), anunciou que não estará presente no ato. Ela deverá ir para a casa o Castelo de Balmoral, no norte da Escócia, antes de viajar em avião particular a algum lugar do mar Mediterrâneo.

De acordo com a imprensa britânica, ela pretendia comparecer à cerimônia, mas desistiu após ser aconselhada pela rainha a se ausentar. Camilla -- que era chamada por Diana de a "terceira pessoa" em seu casamento --é considerada por muitos a culpada pelo fim da união da princesa com Charles, devido ao seu caso amoroso de longa data com o príncipe.

O mito

Criticada por alguns, admirada pela maioria, a figura de Lady Di marcou época, mudou a imagem da família real britânica, e ainda perdura para muitos no Reino Unido e em todo o mundo. Diana, que se tornou uma das maiores celebridades mundiais após entrar para a mais alta hierarquia da realeza britânica, nunca foi mesmo uma plebéia.

Ela se tornou Lady Diana Spencer seis anos antes de se casar com o príncipe Charles, quando, em 1975, seu pai herdou o título britânico Earl Spencer e visconde de Althorp.

Andy Rain/Efe
Fotografia mostra mulher visitando exposição sobre princesa Diana em Londres
Fotografia mostra mulher visitando exposição sobre princesa Diana em Londres

Nascida em 1º de julho de 1961 na residência de Park House, em Sandringham, Diana Frances Spencer foi a quarta dos cinco filhos de Edward John Spencer, o oitavo Earl Spencer, e Frances Ruth Burke Roche, viscondessa de Althorp. Entre seus ancestrais mais ilustres está o rei Charles 1º.

Diana foi educada inicialmente em Riddlesworth Hall e, aos 12 anos, enviada para o colégio interno de West Heath School, em Kent. Apesar de ser visivelmente tímida, Diana se mostrou interessada em música e dança desde cedo. Outro de seus interesses, segundo a revista "People", era o príncipe Charles.

De acordo com a publicação, ela tinha uma foto do príncipe em seu quarto e teria dito a uma colega de classe: "Eu adoraria ser bailarina (...) ou então princesa de Gales".

Depois de finalmente completar sua educação no Instituto Alpin Videmanette, uma escola para moças na Suíça, Diana se mudou para Londres. Lá, começou a trabalhar com crianças e se tornou professora de jardim de infância na escola Young England, no centro de Londres.

Círculo de amizades

Desde a infância, Lady Di mantinha relações amigáveis com a família real britânica. Ela teria brincado com os príncipes Andrew e Edward quando sua família alugava a propriedade de Park House, da rainha Elizabeth 2ª, a casa onde nasceu. Em 1977, aos 16 anos, ela reencontrou o irmão mais velhos dos príncipes, Charles, que tinha aproximadamente 13 anos a mais que Diana.

AP
Princesa Diana e o príncipe Charles acenam para o público após casamento em 1981
Princesa Diana e o príncipe Charles acenam para o público após casamento em 1981

Como herdeiro do trono do Reino Unido, o príncipe Charles era objeto freqüente de atenção da mídia, e sua corte à Diana não foi exceção. O affair se tornou objeto de atenção em 7 de setembro de 1980, quando fotógrafos do jornal britânico "Daily Star" conseguiram imagens de Charles beijando uma garota até então desconhecida em Balmoral. Era Diana.

O noivado foi anunciado em 24 de fevereiro do ano seguinte. Diana, apelidada pela imprensa de "Shy Di" ("tímida Di", em tradução livre) tinha 19 anos; Charles, 36. O compromisso foi materializado em um anel com 14 diamantes e uma safira de 18 quilates. A imagem pública de Shy Di era impecável: jovem, bonita, bem-nascida e, segundo ela própria, virgem.

A partir do noivado, a pressão da mídia sobre ela se elevou exponencialmente.

Segundo a revista "Time", jornalistas conseguiam o telefone da casa de Lady Di e telefonavam ininterruptamente das 6h da manhã à meia-noite com perguntas sobre o romance com Charles.

O casamento

Charles e Diana se casaram em 1981 em uma cerimônia luxuosa na catedral St.Paul em Londres. Os primeiros anos do casamento e aparições públicas mostravam um casal feliz, mas em 1985, começam rumores de que a família real não era tão feliz quanto parecia.

Diana teve seu primeiro filho, William, em 1982. Dois anos depois, nasceu Harry, o caçula.

Em 1986, Charles retoma seu relacionamento com Camilla Parker-Bowles, que era casada e com quem mantinha um romance de idas e vindas há muitos anos, e fica cada vez mais explícito que o relacionamento do casal real não andava bem.

Em 1996, Diana e Charles concordam com os termos de seu divórcio e no seguinte o consumam.

Sempre alvo de interesse dos tablóides, o novo romance de Diana, com o milionário Dodi Al Fayed é anunciado no início de agosto 1997. No final do mês, ocorre o acidente em Paris.

Polêmica

Em 2007, a presença de Diana e as polêmicas em torno de seu nome voltaram com força.

O canal de TV privado britânico Channel 4 anunciou que iria transmitir um programa contendo fotos do acidente que matou Diana, apesar do apelo feito pelos filhos da princesa.

O secretário particular dos príncipes William e Harry, Jamie Lowther-Pinkerton, escreveu para a emissora dizendo que eles sentiam que exibir as fotos seria um "grande desrespeito" à memória da mãe. Lowther-Pinkerton escreveu: "Se fosse a sua ou a minha mãe morrendo naquele túnel, iríamos querer a cena transmitida para a nação? Ou iria a nação querer isso?"

As fotos, feitas por fotógrafos franceses na noite do acidente, em 31 de agosto de 1997.

Vida amorosa

Nos anos 90, antes da separação oficial, a intimidade do casal Charles e Diana veio à tona.

O livro "A Verdadeira História de Diana", de Andrew Morton, mostra uma princesa cercada pela rigidez da família real, infeliz, isolada em seu casamento. Morton, um repórter de tablóides, teria contado com a ajuda da própria princesa para escrever o livro.

Após mostrar uma Diana que padecia em seu casamento, publicações recentes relataram romances extraconjugais da princesa, como "O Amor da Princesa", de Anne Pasternak.

22.ago.1997/AP
Lady Di e Dodi Al Fayed, que morreram em acidente de carro Paris em 1997
Lady Di e Dodi Al Fayed, que morreram em acidente de carro Paris em 997

Aproveitando a ocasião do 10º aniversário da morte, foram lançadas várias outras biografias, algumas bastante polêmicas e provocativas. Uma delas, "Diana Chronicles" [As Crônicas de Diana], da jornalista britânica Tina Brown, revela detalhes da vida amorosa da princesa.

Segundo a autora, Diana se relacionou com vários homens, entre eles, Barry Mannakee, que foi seu guarda-costas. A princesa também teria se relacionado com o agente de segurança da família real, James Hewitt, e com o jogador de rugby Will Carling, que na época também era casado. No entanto, segundo Brown, o grande amor da vida de Diana foi o médico paquistanês Hasnat Khan, que deu fim ao romance com a princesa dois meses antes de sua morte. Depois dele, Diana namorou Dodi Al Fayed, que estava ao seu lado no acidente.

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