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31/07/2003
-
10h15
O Vaticano lançou hoje uma campanha mundial contra a legalização da união civil homossexual e pediu aos políticos católicos de todo o mundo que se pronunciem de forma "clara e incisiva" contra as leis que favorecem casamentos gays.
A campanha foi lançada através de um documento oficial, de 11 páginas, divulgado hoje com o título "Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais" e preparado pelo cardeal alemão Jospeh Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
O documento, aprovado em março passado pelo papa João Paulo 2º, estabelece que reconhecer legalmente as uniões civis homossexuais ou equipará-las ao matrimônio "significa não apenas aprovar um comportamento desviado e convertê-lo em modelo para a sociedade atual, como também afetar os valores fundamentais que pertecem ao patrimônio comum da humanidade".
Para o Vaticano, a "homossexualidade é um fenômeno moral e social inquietante", que se torna cada vez mais "preocupante nos países nos quais já se concedeu ou se tem a intenção de conceder o reconhecimento legal às uniões homossexuais".
Países católicos
As leis que protegem e garantem a união civil homossexual, "que em alguns casos também inclui a habilitação para a adoção de filhos", alarma a hierarquia da Igreja Católica, que decidiu "recordar e iluminar" os políticos católicos para que se pronunciem contra sua adoção.
Vários países católicos adotaram leis que regulamentam a união civil homossexual, entre eles a França e algumas regiões autônomas da Espanha, o que preocupa a hierarquia da Igreja Católica.
Em maio passado, a prefeitura de Buenos Aires aprovou a união civil homossexual, o que converteu a Argentina no primeiro país da América Latina a igualar os direitos dos casais homossexuais com os dos heterossexuais.
A possibilidade de que no continente mais católico do planeta, com mais de 1 bilhão de fiéis, sejam introduzidas novas legislações em prol da união civil homossexual é reprovada pelas autoridades eclesiásticas.
"Não existe qualquer fundamento para assimilar ou estabelecer analogias, sequer remotas, entre as uniões homossexuais e os desígnios de Deus sobre o matrimônio e a família. O matrimônio é santo, enquanto que as relações homossexuais contrastam com a lei moral natural", afirma o texto.
Recomendações
Em janeiro passado, o Vaticano já havia divulgado um documento, preparado também por Ratzinger, intitulado "Nota doutrinal sobre certos assuntos que afetam a participação dos católicos na vida pública", no qual anunciava uma série de recomendações aos parlamentares católicos de todo o mundo para que se oponham publicamente a tais leis.
No novo documento, as autoridades da Santa Sé recordam que "os atos homossexuais são intrinsicamente desestruturados" e pedem que as pessoas com tendências homossexuais sejam "acolhidas com respeito, compaixão e delicadeza", para evitar toda "discriminação injusta".
"Ante o reconhecimento legal das uniões homossexuais [...] é necessário opor-se de forma clara e incisiva. É preciso abster-se de qualquer tipo de cooperação formal à promulgação ou aplicação de leis tão gravemente injustas", afirma o documento, que convida os políticos a reivindicar o "direito à objeção da consciência".
Para as autoridades eclesiásticas, a legalização das uniões livres implica "o obscurecimento da percepção de alguns valores fundamentais e na desvalorização da instituição matrimonial".
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Vaticano lança campanha mundial contra união civil homossexual
da France Presse, no VaticanoO Vaticano lançou hoje uma campanha mundial contra a legalização da união civil homossexual e pediu aos políticos católicos de todo o mundo que se pronunciem de forma "clara e incisiva" contra as leis que favorecem casamentos gays.
A campanha foi lançada através de um documento oficial, de 11 páginas, divulgado hoje com o título "Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais" e preparado pelo cardeal alemão Jospeh Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
O documento, aprovado em março passado pelo papa João Paulo 2º, estabelece que reconhecer legalmente as uniões civis homossexuais ou equipará-las ao matrimônio "significa não apenas aprovar um comportamento desviado e convertê-lo em modelo para a sociedade atual, como também afetar os valores fundamentais que pertecem ao patrimônio comum da humanidade".
Para o Vaticano, a "homossexualidade é um fenômeno moral e social inquietante", que se torna cada vez mais "preocupante nos países nos quais já se concedeu ou se tem a intenção de conceder o reconhecimento legal às uniões homossexuais".
Países católicos
As leis que protegem e garantem a união civil homossexual, "que em alguns casos também inclui a habilitação para a adoção de filhos", alarma a hierarquia da Igreja Católica, que decidiu "recordar e iluminar" os políticos católicos para que se pronunciem contra sua adoção.
Vários países católicos adotaram leis que regulamentam a união civil homossexual, entre eles a França e algumas regiões autônomas da Espanha, o que preocupa a hierarquia da Igreja Católica.
Em maio passado, a prefeitura de Buenos Aires aprovou a união civil homossexual, o que converteu a Argentina no primeiro país da América Latina a igualar os direitos dos casais homossexuais com os dos heterossexuais.
A possibilidade de que no continente mais católico do planeta, com mais de 1 bilhão de fiéis, sejam introduzidas novas legislações em prol da união civil homossexual é reprovada pelas autoridades eclesiásticas.
"Não existe qualquer fundamento para assimilar ou estabelecer analogias, sequer remotas, entre as uniões homossexuais e os desígnios de Deus sobre o matrimônio e a família. O matrimônio é santo, enquanto que as relações homossexuais contrastam com a lei moral natural", afirma o texto.
Recomendações
Em janeiro passado, o Vaticano já havia divulgado um documento, preparado também por Ratzinger, intitulado "Nota doutrinal sobre certos assuntos que afetam a participação dos católicos na vida pública", no qual anunciava uma série de recomendações aos parlamentares católicos de todo o mundo para que se oponham publicamente a tais leis.
No novo documento, as autoridades da Santa Sé recordam que "os atos homossexuais são intrinsicamente desestruturados" e pedem que as pessoas com tendências homossexuais sejam "acolhidas com respeito, compaixão e delicadeza", para evitar toda "discriminação injusta".
"Ante o reconhecimento legal das uniões homossexuais [...] é necessário opor-se de forma clara e incisiva. É preciso abster-se de qualquer tipo de cooperação formal à promulgação ou aplicação de leis tão gravemente injustas", afirma o documento, que convida os políticos a reivindicar o "direito à objeção da consciência".
Para as autoridades eclesiásticas, a legalização das uniões livres implica "o obscurecimento da percepção de alguns valores fundamentais e na desvalorização da instituição matrimonial".
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