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Bill Clinton vai coordenar ajuda internacional no Haiti, diz agência
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da Reuters, nas Nações Unidas
O ex-presidente americano Bill Clinton (1993-2001), atualmente o enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Haiti, será nomeado o coordenador internacional dos esforços de ajuda ao país, que foi devastado por um forte terremoto no mês passado, disseram autoridades da entidade nesta segunda-feira.
Falando sob anonimato, porque a decisão ainda não foi oficialmente anunciada, diplomatas e autoridades da ONU disseram que Clinton foi a escolha mais óbvia para coordenar a ajuda e a reconstrução no empobrecido país caribenho.
"O anúncio oficial deve acontecer nesta semana", afirmou à Reuters a autoridade da ONU. Outro funcionário da entidade disse que o secretário-geral, Ban Ki-moon, apontaria formalmente Clinton, quem "representaria a ONU no nível estratégico" e coordenaria a ajuda, a assistência financeira e reconstrução.
Vários diplomatas do Conselho de Segurança dizem que Clinton tem forte apoio dos países membros da ONU.
O ex-presidente, marido da secretária de Estado Hillary Clinton, tem estado ativamente envolvido nos esforços de ajuda ao Haiti desde que o país foi atingido por um forte terremoto e já visitou a nação para testemunhar a destruição.
Uma porta-voz de Clinton não respondeu imediatamente aos pedidos para comentar a notícia.
Tragédia
O terremoto aconteceu às 16h53 do último dia 12 (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, que ficou virtualmente devastada. O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da Minustah, missão de paz da ONU, liderada militarmente pelo Brasil.
Ainda não há um dado preciso do total de mortos. O balanço das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira indica um total de 112.250 mortos e outros 194 mil feridos. Já o governo haitiano confirmou neste domingo que o número de mortos no país já atingiu 150 mil somente na região metropolitana de Porto Príncipe.
Entre os brasileiros, 21 morreram, sendo 18 militares e três civis --a brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa, e uma brasileira com dupla-cidadania europeia que não teve a identidade divulgada a pedido da família.
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