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Al Qaeda exige libertação de muçulmanos na Mauritânia em troca de espanhóis
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da Efe, em Bamaco
A organização terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) exigiu a soltura de muçulmanos presos na Mauritânia em troca da libertação dos três voluntários espanhóis reféns no norte do Mali, informaram nesta sexta-feira fontes próximas à negociação.
A exigência é similar à feita pelo braço norte-africano da rede terrorista Al Qaeda para a libertação do refém francês Pierre Camatte, solto em 23 de fevereiro passado em troca de quatro prisioneiros.
Alicia Gámez, Roque Pascual e Albert Vilalta, membros da ONG Barcelona Acción Solidaria, foram sequestrados em 29 de novembro, quando viajavam em um comboio com material humanitário com destino ao Senegal. Ele foram raptados na Mauritânia e levados para o norte do Mali, onde permanecem desde então.
O jornal espanhol "El Mundo" afirmou recentemente que a Espanha decidiu pagar US$ 5 milhões à Al Qaeda para a libertação dos três espanhóis. A informação não foi confirmada pelo governo espanhol.
A exigência de libertação de ativistas islamitas presos na Mauritânia pode complicar significativamente a resolução do sequestro, disseram à Efe as fontes citadas. A libertação dos prisioneiros pelo francês Camatte causou tensão entre Mali e Argélia.
Caminhos
O primeiro-ministro mauritano, Moulay Ould Mohammed Lagdaf, afirmou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva, que seu país "jamais negociará com os terroristas" da AQMI.
Lagdaf explicou que há três estratégias para a questão do terrorismo e que nenhuma delas passa pela negociação.
Segundo ele, os caminhos são o diálogo com os terroristas para convencê-los da contradição entre seus métodos e a religião muçulmana; a inclusão social dos jovens mauritanos por meio de projetos econômicos, e, finalmente, a força.
Na semana passada, a Mauritânia chamou para consultas seu embaixador no Mali em protesto pela soltura de quatro islamitas presos em Bamaco (entre eles um mauritano), uma das condições exigidas pela Al Qaeda para libertar Camatte.
A Argélia também retirou provisoriamente seu embaixador em Mali e criticou duramente a libertação dos ativistas, que considerou uma "atitude não amistosa" por parte de Bamaco contra a convenção bilateral de cooperação judicial.
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