Publicidade
Publicidade
Organização de direitos humanos diz que falta de segurança no Haiti é preocupante
Publicidade
da Folha Online
A Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos do Haiti expressou nesta sexta-feira sua preocupação pela situação geral no país, onde considera que a segurança e as condições de vida se deterioraram após o terremoto do dia 12 de janeiro, que devastou a capital e outras cidades.
O organismo, que publicou hoje um relatório especial, indicou que a situação da segurança um mês e meio após a tragédia é "preocupante, tanto nos campos (de refugiados) como nas ruas da capital e algumas grandes aglomerações" onde se concentram pessoas desabrigadas.
"Pelo menos 38 pessoas morreram por ferimentos de bala no período entre 27 de janeiro e 24 de fevereiro", revelou a Rnddh, que destacou a fraqueza da polícia enquanto se reorganizam grupos de bandidos que escaparam da prisão.
Mais da metade da população carcerária do país fugiu após o terremoto, e o número de prisioneiros passou de 8.535 a 3.661, segundo a rede, que destacou que entre os fugitivos estão "indivíduos acusados de crimes espetaculares".
"Várias bases de grupos armados começam a funcionar novamente", particularmente em Cité Soleil, na periferia norte de Porto Príncipe, e em bairros da periferia sul, assinalou.
Enquanto isso, as autoridades se encontram em difícil situação após a perda de 75 agentes, o desaparecimento de outros 67 e as lesões de 253, cinco dos quais sofreram amputações. Além disso, 42 delegacias e outros edifícios da polícia foram afetados pelo sismo.
Quanto aos campos de refugiados, a Rnddh contabilizou 1.053 em todo o país (mais que o dobro do número oficial conhecido até agora), e assinalou que neles "a segurança não está garantida".
Entre 13 de janeiro e 24 de fevereiro, "pelo menos 19 casos de violação de mulheres" foram registrados pela organização.
Cerca de 1,2 milhões de pessoas precisam de refúgio, entre eles "pelo menos 450 mil crianças", muitos órfãos de pai e mãe, ressaltou.
Nos campos "o lixo é mal administrado, a água utilizada se acumula, os locais usados como banheiros fedem" e o tudo isso "traz insetos nocivos para a saúde, como os anófeles, a mosca verde", constatou a Rnddh.
O organismo criticou a gestão da crise por parte do governo que, "surpreendido por esta catástrofe, se mostrou incapaz de organizar as medidas de emergência (...). Poderiam salvar vidas se o Estado haitiano tivesse tido capacidade de trabalhar para ajudar as vítimas imediatamente depois do desastre".
Além disso, segundo a organização, o governo não se preocupou com a proteção do patrimônio nacional. "Documentos nacionais importantes que se encontravam sob as ruínas de edifícios públicos como o Palácio Nacional, o Tribunal de Justiça, a Direção Geral de Impostos (entre outros) não foram recuperados".
Por outra parte, o organismo estimou que o governo foi "descartado para intervir na gestão da ajuda internacional, à medida em que não inspira confiança alguma e não demonstra competência na gestão da coisa pública".
A Rnddh criticou ainda o sistema estabelecido pela comunidade internacional para a distribuição da ajuda humanitária, já que "não chegou às categorias sociais mais afetadas pelo sismo" e "foi criado um mercado paralelo" onde "se vende" a ajuda oferecida.
Leia mais sobre o Haiti
- Lula promete ao Chile mesma ajuda dada ao Haiti
- Ao contrário do Haiti, Chile estava preparado para terremoto
- Terremoto do Chile foi 900 vezes mais potente que o do Haiti, diz sismólogo
Leia outras notícias em Mundo
- Secretário-geral da ONU anuncia envio de R$17 milhões ao Chile
- Al Qaeda exige libertação de muçulmanos na Mauritânia em troca de espanhóis
- Fórum Econômico Mundial anuncia os Jovens Líderes Globais para 2010
- Dubai diz ter DNA e impressões digitais de assassinos de líder do Hamas
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice