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01/04/2005 - 18h26

Leia os perfis dos mais cotados na sucessão do papa

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da Folha Online

Veja quem são hoje os nomes mais citados como candidatos à sucessão do papa João Paulo 2º. Nas últimas décadas, surgiram várias listas apontando os cardeais considerados "papabili" ("papáveis") e, devido ao avanço da idade, muitos deixaram de ser lembrados. Entre eles, dom Aloísio Lorscheider, arcebispo emérito de Aparecida (SP), e dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Antes de sua morte em setembro de 2002, dom Lucas Moreira Neves, ex-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), também chegou a ser citado.
Segundo as leis fixadas pelo papa Paulo 6º e mantidas por João Paulo 2º, a idade não é obstáculo para ser papa. Podem ser escolhidos até cardeais acima de 80 anos, mas eles não podem votar no conclave.

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1- Angelo Sodano: cardeal italiano, número "dois" na hierarquia da igreja, secretário de Estado do Vaticano, foi escolhido por João Paulo 2º para anunciar em maio de 2000 o terceiro segredo de Fátima (previsão de Maria sobre o atentado do papa). Nasceu no dia 23 de novembro de 1927 em Isola d'Asti.
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2- Dionigi Tettamanzi: arcebispo de Milão, maior reduto católico da Europa. Nome forte entre os italianos, é tido como um moderado, mediador entre os liberais e conservadores. Em 2001, apoiou protesto antiglobalização na cúpula do G-8 (sete países mais ricos do mundo e Rússia) em Gênova. Nasceu em 14 de março de 1934.
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3- Christoph Schönborn: cardeal austríaco, arcebispo de Viena, dominicano, descrito como corajoso, articulado e carismático. Nasceu em 22 de janeiro de 1945. É um dos mais jovens cardeais --alguns apontam isso como desvantagem na sucessão. Foi o primeiro a dizer que o papa estava próximo da morte, em 2003.
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4- Joseph Ratzinger: cardeal alemão, ultraconservador, um dos mais poderosos do Vaticano, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão ortodoxo, antigo Tribunal da Inquisição. Nascido em 16 de abril de 1927, defende idéias "medievais" da igreja, dizem críticos. Nacionalidade alemã é vista como desvantagem na escolha.
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5- Camillo Ruini: vigário-geral da diocese de Roma, auxiliar próximo de João Paulo 2º e presidente da Conferência Episcopal Italiana. É considerado conservador e sempre aparece entre os cinco mais cotados nas listas dos preferidos dos vaticanistas. Italiano de Sassuolo, nasceu em 19 de fevereiro de 1931.
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6- Norberto Rivera Carrera: arcebispo do México, um dos maiores países católicos do mundo. Considerado liberal em questões sociais e conservador em matéria de doutrina da igreja, ele incentiva protestos contra aumento de impostos, contra a violência e a corrupção política. Nasceu em 6 de junho de 1942.
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7- Francis Arinze: cardeal nigeriano, líder da Igreja na África, amigo próximo de João Paulo 2º, considerado um conservador, mas um interlocutor crucial para melhorar o diálogo do Vaticano com grupos muçulmanos, budistas e hindus, principalmente nos países pobres. Negro, filho de um chefe tribal, nasceu em 1º de novembro de 1932.
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8- Bernardin Gantin: cardeal africano, um dos amigos mais próximos do papa, prefeito emérito da Congregação para os Bispos, presidente emérito da Comissão Pontifícia para América Latina. Negro, nasceu em Toffo, em Benin (África ocidental), em 8 de maio de 1922. Idade avançada reduz suas chances, citam especialistas.
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9- Cláudio Hummes: arcebispo metropolitano de São Paulo, franciscano, nasceu em Montenegro (RS) em 8 de agosto de 1934. Progressista em questões sociais, mas conservador em relação à doutrina da igreja, foi bispo da diocese de Santo André (ABC paulista), entre 1975 e 1996. Contestou o regime militar e apoiou greves.
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10- Oscar Andres Rodríguez Maradiaga: arcebispo de Tegucigalpa (capital de Honduras), salesiano, um líder da igreja em ascensão na América Latina, atua em campanha de direitos humanos e acompanha a discussão com o FMI sobre a dívida dos países pobres. Nasceu em 29 de dezembro de 1942. Estudou piano clássico.
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11- Darío Castrillón Hoyos: cardeal colombiano, prefeito da Congregação para o Clero, do Vaticano. Para alguns especialistas, é um dos favoritos entre os nomes da América Latina. É descrito como enérgico, poliglota e hábil. Estudou sociologia religiosa e economia política. Nasceu em 4 de julho de 1929 em Medellín.
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12- Pio Laghi: cardeal italiano, enviado da paz de João Paulo 2º com a missão de evitar a guerra do Iraque. Foi embaixador do Vaticano (núncio) em Buenos Aires nos anos 70 e acusado de cooperar com o regime militar argentino. Conviveu com madre Teresa de Calcutá (1910-1997), que o defendeu. Nasceu em 21 de maio de 1922.
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13- Roger Etchegaray: cardeal francês, foi arcebispo de Marseilles entre 1970 e1984. Nasceu em 25 de setembro de 1922 em Espelette. No início de 2003, foi enviado em missão de paz ao Iraque e conversou com então ditador Saddam Hussein. Presidiu a Comissão Pontifícia para Justiça e Paz entre 1984 e 1998.
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14- Carlo Maria Martini: cardeal italiano, de perfil liberal, arcebispo emérito de Milão, uma das maiores arquidioceses do mundo. Com problemas de saúde, aposentou-se em 2002 para se dedicar ao estudo de textos bíblicos. Nasceu em 15 de fevereiro de 1927. Reformista, defende a contracepção e ordenação de mulheres.
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15- Miloslav Vlk: arcebispo de Praga, é líder da igreja nos países do Leste Europeu desde o fim do comunismo. Acompanhou o conflito de Kosovo em 1999 e denunciou a expulsão dos albaneses do sul da Iugoslávia. Tem bom relacionamento com os líderes da igreja na Itália. Nasceu em 17 de maio de 1932.
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16- Godfried Danneels: arcebispo de Bruxelas (Bélgica), salesiano, é um líder moderado. Em 2000, surpreendeu o mundo ao falar publicamente sobre a renúncia de João Paulo 2º. Também sugeriu o uso de camisinha pelos portadores do vírus da Aids ao manter relações sexuais. Ele nasceu em 4 de junho de 1933.
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17- Jean-Marie Lustiger: arcebispo de Paris, nascido em 17 de setembro de 1926. Os pais, judeus poloneses, migraram para França e foram perseguidos pelo nazismo. A mãe morreu no campo de concentração de Auschwitz. Foi mecânico. Escritor prolífico, publicou vários sermões. Já foi criticado por rabinos israelenses.
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18- Giovanni Battista: cardeal italiano, prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para América Latina. Foi auxiliar próximo de João Paulo 2º. É especialista em direito canônico. Nasceu no dia 30 de janeiro de 1934 em Borno, cidade da província de Brescia (região da Lombardia).
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19- Angelo Scola: cardeal italiano, patriarca de Veneza, é um dos nomes recentes na lista das apostas. Promove as visões conservadoras da igreja sobre sexualidade, aborto e casamento. Nasceu em 7 de novembro de 1941, em Malgrate, perto de Milão. Foi ordenado padre em 1970 e nomeado cardeal em 2003.
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20- Lubomyr Husar: cardeal ucraniano, é o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, cujos ritos seguem padrões ortodoxos. Segundo vaticanistas, é o azarão, mas ele tem carisma, mostrando-se humilde e generoso. Nasceu em 26 de fevereiro de 1933 em Lviv. Viveu nos EUA, onde ensinou em um seminário. Além desses nomes, "correm por fora" (pouco citados) Jorge Mario Bergoglio, 68, arcebispo de Buenos Aires, Ivan Dias, 68, arcebispo de Bombai (Índia), e Nicolás de Jesús López Rodríguez, 68, arcebispo de Santo Domingo (República Dominicana), e Ennio Antonelli, 68, arcebispo de Florença.


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