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06/07/2006
-
17h41
da Folha Online
O candidato governista Felipe Calderón venceu a eleição pela Presidência do México, de acordo com o resultado final da apuração divulgado nesta quinta-feira, mas seu principal rival, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, também declarou vitória e disse que levará a disputa para a Justiça mexicana.
Numa das mais apertadas eleições da história do país, Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), obteve 35,88%, contra 35,31% de López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), após computados todos os 41 milhões de votos.
A diferença entre os dois principais candidatos foi de pouco mais de 220 mil votos, segundo a contagem oficial realizada pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE), depois da apuração de 100% das urnas.
Roberto Madrazo --cujo partido Partido Revolucionário Institucional (PRI) governou o México por 71 anos até a vitória do presidente Vicente Fox (PAN), em 2000-- conquistou 22,27% dos votos.
Desde que foram fechados os centros de votação no último domingo (2), uma série de dúvidas a respeito da transparência do processo eleitoral passou a circular pelo país.
O México retomou a contagem ontem, após suspendê-la no domingo, quando os resultados preliminares do IFE davam uma pequena vantagem a Calderón: 14,77 milhões de votos, contra 14,51 milhões para López Obrador, ou seja, uma diferença de 0,6 ponto percentual.
Recurso
López Obrador disse nesta quinta-feira que pedirá a impugnação das eleições do último domingo (2) e exigirá do Tribunal Eleitoral da Federação que faça uma apuração "voto a voto".
"Decidimos impugnar o processo eleitoral e recorrer ao tribunal para uma apuração dos votos, porque não podemos aceitar os resultados fornecidos pelo Instituto Federal Eleitoral. Existem muitas irregularidades", afirmou Obrador.
A imagem do IFE foi abalada depois que um repórter fotográfico mexicano encontrou atas de votação e outros materiais eleitorais em um depósito de lixo no interior do Distrito Federal.
O candidato da esquerda criticou o IFE por ter apurado "em apenas 24 horas" a votação de domingo, quando ele pediu que "levasse todo o tempo possível" para cumprir essa tarefa.
No próximo sábado (8), López Obrador liderará uma manifestação com seus seguidores na Cidade do México para exigir a revisão da apuração.
Conservador
Felipe Calderón, 43, o candidato mais jovem da disputa presidencial mexicana, gosta de se apresentar como "o filho rebelde" ao eleitorado, apesar de sua formação católica e tradicional, fruto do PAN.
Há um ano seu nome era pouco conhecido entre os eleitores, mas em cinco meses ele conseguiu se igualar ao até então grande favorito às eleições de 2 de julho, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador.
Calderón estava mais de dez pontos percentuais atrás de López Obrador em março, quando reconheceu publicamente que sua campanha não estava funcionando e precisava de mudanças.
O governista levantou o tom, e os ataques contra o rival tornaram-se mais diretos. Calderón não hesitou em se cercar de conselheiros como Antonio Solá, ligado ao ex-presidente espanhol conservador José María Aznar.
Calderón mantém distância dos membros mais conservadores de seu partido, consciente de que, diante do eleitorado mexicano, deve se mostrar mais conciliador. A desigualdade e a impaciência das classes populares após anos de austeridade econômica são as duas tarefas pendentes de solução do governo de Vicente Fox, do qual Calderón fez parte durante nove meses, até maio de 2004, quando teve que pedir demissão por ter antecipado em público seu desejo de se tornar candidato.
Calderón se opõe publicamente ao casamento entre homossexuais e ao aborto, embora não tenha explicado claramente como lidará com esses temas se chegar ao poder. Casado com Margarita Zavala, deputada do PAN, ele tem três filhos.
Com agências internacionais
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Numa das mais apertadas eleições da história do país, Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), obteve 35,88%, contra 35,31% de López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), após computados todos os 41 milhões de votos.
A diferença entre os dois principais candidatos foi de pouco mais de 220 mil votos, segundo a contagem oficial realizada pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE), depois da apuração de 100% das urnas.
Roberto Madrazo --cujo partido Partido Revolucionário Institucional (PRI) governou o México por 71 anos até a vitória do presidente Vicente Fox (PAN), em 2000-- conquistou 22,27% dos votos.
Desde que foram fechados os centros de votação no último domingo (2), uma série de dúvidas a respeito da transparência do processo eleitoral passou a circular pelo país.
O México retomou a contagem ontem, após suspendê-la no domingo, quando os resultados preliminares do IFE davam uma pequena vantagem a Calderón: 14,77 milhões de votos, contra 14,51 milhões para López Obrador, ou seja, uma diferença de 0,6 ponto percentual.
Recurso
López Obrador disse nesta quinta-feira que pedirá a impugnação das eleições do último domingo (2) e exigirá do Tribunal Eleitoral da Federação que faça uma apuração "voto a voto".
"Decidimos impugnar o processo eleitoral e recorrer ao tribunal para uma apuração dos votos, porque não podemos aceitar os resultados fornecidos pelo Instituto Federal Eleitoral. Existem muitas irregularidades", afirmou Obrador.
A imagem do IFE foi abalada depois que um repórter fotográfico mexicano encontrou atas de votação e outros materiais eleitorais em um depósito de lixo no interior do Distrito Federal.
O candidato da esquerda criticou o IFE por ter apurado "em apenas 24 horas" a votação de domingo, quando ele pediu que "levasse todo o tempo possível" para cumprir essa tarefa.
No próximo sábado (8), López Obrador liderará uma manifestação com seus seguidores na Cidade do México para exigir a revisão da apuração.
Conservador
Felipe Calderón, 43, o candidato mais jovem da disputa presidencial mexicana, gosta de se apresentar como "o filho rebelde" ao eleitorado, apesar de sua formação católica e tradicional, fruto do PAN.
Há um ano seu nome era pouco conhecido entre os eleitores, mas em cinco meses ele conseguiu se igualar ao até então grande favorito às eleições de 2 de julho, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador.
Calderón estava mais de dez pontos percentuais atrás de López Obrador em março, quando reconheceu publicamente que sua campanha não estava funcionando e precisava de mudanças.
O governista levantou o tom, e os ataques contra o rival tornaram-se mais diretos. Calderón não hesitou em se cercar de conselheiros como Antonio Solá, ligado ao ex-presidente espanhol conservador José María Aznar.
Calderón mantém distância dos membros mais conservadores de seu partido, consciente de que, diante do eleitorado mexicano, deve se mostrar mais conciliador. A desigualdade e a impaciência das classes populares após anos de austeridade econômica são as duas tarefas pendentes de solução do governo de Vicente Fox, do qual Calderón fez parte durante nove meses, até maio de 2004, quando teve que pedir demissão por ter antecipado em público seu desejo de se tornar candidato.
Calderón se opõe publicamente ao casamento entre homossexuais e ao aborto, embora não tenha explicado claramente como lidará com esses temas se chegar ao poder. Casado com Margarita Zavala, deputada do PAN, ele tem três filhos.
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