Perguntas enviadas pelo leitor Carlos
M.K.:
Seria difícil para Rubinho pintar alguma coisa diferente,
talvez verde ou amarelo, em seu capacete para diferenciá-lo
do do Schumacher?
Ao contrário do que acontece na Indy, dificilmente pilotos
de F-1 alteram seus capacetes. Barrichello já promoveu algumas
alterações temporárias, mas não foi muito feliz. A mais polêmica
foi a usada no GP Brasil de 1995, quando o piloto mesclou
seu desenho com o de Ayrton Senna. Segundo Sid Mosca, autor
da obra, Barrichello só voltará a usar esse capacete quando
for campeão mundial. Agora, para diferenciar os dois pilotos,
a saída é ficar de olho nos pontos amarelos que a Ferrari
colocou no carro de Barrichello, nas extremidades da asa dianteira
e no suporte da câmera de TV instalada no santantônio.
Por que os times da F-1 fazem questão que os números dos
carros não apareçam em nenhuma das partes visíveis dos bólidos?
Pela TV, fica quase impossível identificar os pilotos.
Não deveria ser obrigatório colocá-lo em diversos lugares
para facilitar a visualização?
Deveria não, é obrigatório. Pelo regulamento esportivo
da FIA, um carro de corrida precisa ser identificado por números
colocados na parte frontal do carro e em suas laterais. O
número precisa ainda ser diferenciado da pintura ou de qualquer
patrocínio e seu tamanho deve ser suficiente para torná-lo
visível em uma tela de TV. O problema é que até nisso o regulamento
é levado ao pé da letra, e os números acabam tendo tamanhos
mínimos. Todos os carros de F-1 têm números nos bicos e nas
laterais das asas traseiras. Mas, na prática, só são perceptíveis
em imagens dos carros estáticos, nos boxes ou no grid de largada.
O espaço da carenagem vale dinheiro para as escuderias, e
a FIA considera que o gerador de caracteres nas transmissões
cumpre o papel de identificar carros e equipes. Enfim, os
números nos carros existem ainda apenas por força da tradição.
E-mail: mariante@uol.com.br
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