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02/06/2003
-
06h51
Sede do Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Campina Grande produz algodão naturalmente colorido, nas cores marrom e verde, e já testa em vermelho. "A Paraíba é pioneira na produção desse tipo de algodão, com o lançamento das sementes da versão marrom em 2001", diz Alderi Emídio de Araújo, 41, chefe de pesquisa e desenvolvimento do centro.
Na verdade, como explica Araújo, o algodão colorido já existia na natureza, mas sem as características essenciais para o processo industrial, como resistência e fios compridos.
A Embrapa, então, cruzou a espécie com outras até chegar a uma variedade com as características ideais, em dez anos de pesquisa.
A primeira colheita do algodão marrom aconteceu nos meses de junho e julho de 2002. Hoje ele é plantado em uma área de 1.470 hectares em 24 municípios, que produzem 1.500 toneladas de algodão com caroço (cerca de 450 toneladas de pluma sem caroço). A versão verde deve ter sua primeira colheita no final do mês.
Como explica Araújo, o algodão colorido é ecologicamente correto. "O tingimento é um dos processos mais poluentes da indústria têxtil. Além disso, o produto é interessante para pessoas alérgicas a corantes", afirma.
Plantado em uma região seca, quase sem pragas, o algodão colorido precisa de pouco agrotóxico. A versão 100% orgânica está sendo desenvolvida.
A cadeia produtiva em Campina Grande inclui o consórcio Natural Fashion, formado por nove indústrias de confecção, que compra a produção de pequenos agricultores da região. Uma cooperativa tira o caroço do algodão, que é fiado e transformado em malhas em uma indústria têxtil de Campina Grande.
A tecelegam Entre Fios (www. entrefios.com.br), uma das integrantes do Natural Fashion, usa o algodão colorido para fabricar redes, jogos americanos, almofadas etc. O trabalho é feito com uma cooperativa de artesãs.
Fundada em 1995, a tecelagem vende para lojas de diversos Estados, como Pará e Ceará. Além do algodão colorido naturalmente, também usa fios tingidos.
O estilista Ângelo Rafael de Farias, 40, cria coleções de moda para o Natural Fashion com as malhas feitas de algodão colorido. "Tenho o compromisso de resgate da identidade cultural nordestina. Isso está nos detalhes de artesanato aplicados às roupas."
As criações podem ser vistas no site www.naturalfashion.com.br.
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Tufo de algodão nasce colorido em solo paraibano
da Folha de S.Paulo, em Campina GrandeSede do Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Campina Grande produz algodão naturalmente colorido, nas cores marrom e verde, e já testa em vermelho. "A Paraíba é pioneira na produção desse tipo de algodão, com o lançamento das sementes da versão marrom em 2001", diz Alderi Emídio de Araújo, 41, chefe de pesquisa e desenvolvimento do centro.
Na verdade, como explica Araújo, o algodão colorido já existia na natureza, mas sem as características essenciais para o processo industrial, como resistência e fios compridos.
A Embrapa, então, cruzou a espécie com outras até chegar a uma variedade com as características ideais, em dez anos de pesquisa.
A primeira colheita do algodão marrom aconteceu nos meses de junho e julho de 2002. Hoje ele é plantado em uma área de 1.470 hectares em 24 municípios, que produzem 1.500 toneladas de algodão com caroço (cerca de 450 toneladas de pluma sem caroço). A versão verde deve ter sua primeira colheita no final do mês.
Como explica Araújo, o algodão colorido é ecologicamente correto. "O tingimento é um dos processos mais poluentes da indústria têxtil. Além disso, o produto é interessante para pessoas alérgicas a corantes", afirma.
Plantado em uma região seca, quase sem pragas, o algodão colorido precisa de pouco agrotóxico. A versão 100% orgânica está sendo desenvolvida.
A cadeia produtiva em Campina Grande inclui o consórcio Natural Fashion, formado por nove indústrias de confecção, que compra a produção de pequenos agricultores da região. Uma cooperativa tira o caroço do algodão, que é fiado e transformado em malhas em uma indústria têxtil de Campina Grande.
A tecelegam Entre Fios (www. entrefios.com.br), uma das integrantes do Natural Fashion, usa o algodão colorido para fabricar redes, jogos americanos, almofadas etc. O trabalho é feito com uma cooperativa de artesãs.
Fundada em 1995, a tecelagem vende para lojas de diversos Estados, como Pará e Ceará. Além do algodão colorido naturalmente, também usa fios tingidos.
O estilista Ângelo Rafael de Farias, 40, cria coleções de moda para o Natural Fashion com as malhas feitas de algodão colorido. "Tenho o compromisso de resgate da identidade cultural nordestina. Isso está nos detalhes de artesanato aplicados às roupas."
As criações podem ser vistas no site www.naturalfashion.com.br.
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