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12/07/2004
-
07h13
enviada especial da Folha de S.Paulo a Bariloche
"Sinto uma imensa paz quando olho para essas paisagens. Esse branco é uma experiência difícil de descrever", diz a arquiteta soteropolitana identificada apenas como Teresa, acrescentando que a neve a ajudou a meditar em Bariloche, para onde foi passar as férias com o marido e os dois filhos.
A cidade argentina, apelidada de Brasiloche pela invasão de brasileiros nas últimas temporadas de neve, espera receber ainda mais vizinhos neste ano. "As previsões são de 12 mil brasileiros, mas acredito que o número possa chegar a 20 mil", aposta o secretário de Turismo da Província de Río Negro, Guillermo Estevez.
Na temporada passada, foram 8.000. Operadoras de turismo como a CVC e a Agaxtur tiveram que aumentar em 30% o número de vôos charter neste ano para atender a demanda.
Nesta temporada, não há nenhuma novidade econômica impulsionando o turismo dos brasileiros para lá, como aconteceu em 2001, com a desvalorização do peso argentino, mas o trabalho de divulgação e a propaganda boca a boca de quem já viu as encantadoras paisagens do local está funcionando, e os brasileiros serão de novo maioria. Naquele ano, a Argentina ficou mais barata para os brasileiros, que encheram as pistas de esqui da cidade.
Apesar de Bariloche ser destino turístico todo o ano, é a neve que atrai os brasileiros. "No inverno tem mais turista estrangeiro do que argentino, mas no verão isso inverte", conta o secretário.
Entre julho e setembro a temperatura do destino mais procurado da Patagônia argentina varia de 0C a 10C negativos. As formas sinuosas da estepe, as montanhas e a extensa vegetação estão pintadas de flocos de neve, e os braços do lago Nahuel Huapi têm ondas causadas pelos ventos da estação.
As montanhas absolutamente brancas, o barulho suave da pisada na neve fofa, conhecido pelos freqüentadores como o som do silêncio, e até as tempestades de neve que acontecem no alto dos cerros (montanhas) provocam diferentes sensações no viajantes, da introspecção à excitação.
"Agora eu entendo os alpinistas que escalam montanhas na neve. É uma coisa mágica", comenta Teresa. Já a filha Lara, de oito anos, diz que gostou mesmo foi de brincar de guerra de bolas de neve com o irmão.
Mas nem só de neve vive o turista em Bariloche. As cinco quadras do pequeno centro da cidade abrigam várias discotecas e dois cassinos, além de uma variedade de restaurantes e casas de chá que oferecem uma deliciosa gastronomia de inverno, como chocolates, geléias, fondue e trutas, além dos exóticos patês de cervo e de javali. As verdadeiras estrelas da cozinha patagônica, no entanto, são os defumados de carne e salmão.
San Carlos de Bariloche, a 770 metros de altitude, no noroeste da Província de Río Negro, está a 1.680 km de Buenos Aires. A cidade possui uma rica variedade de alojamentos e comércio.
As montanhas e o lago de nome indígena, que significa "ilha do tigre", estão espalhados nos 710 mil hectares do Parque Nacional Nahuel Huapi, que faz divisa com a também patagônica Província de Neuquén. O parque foi declarado reserva nacional em 1934. Com isso, 330 mil hectares são protegidos, o que possibilita a sobrevivência de raposas e pumas, animais típicos da região.
A cidade foi fundada em 1902 por alemães e suíços, como comprova a sua arquitetura. Mas a praça principal, conhecida como Centro Cívico, tem estilo espanhol, com a típica igreja rodeada por edifícios públicos. Esta fica de frente para o lago Nahuel Huapi.
Cláudia Dianni viajou a Bariloche a convite da Secretaria Nacional de Turismo da Argentina.
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Bariloche espera 12 mil brasileiros
CLÁUDIA DIANNIenviada especial da Folha de S.Paulo a Bariloche
"Sinto uma imensa paz quando olho para essas paisagens. Esse branco é uma experiência difícil de descrever", diz a arquiteta soteropolitana identificada apenas como Teresa, acrescentando que a neve a ajudou a meditar em Bariloche, para onde foi passar as férias com o marido e os dois filhos.
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
Vista a partir do Campanário, parte do tradicional circuito Chico, em Bariloche |
A cidade argentina, apelidada de Brasiloche pela invasão de brasileiros nas últimas temporadas de neve, espera receber ainda mais vizinhos neste ano. "As previsões são de 12 mil brasileiros, mas acredito que o número possa chegar a 20 mil", aposta o secretário de Turismo da Província de Río Negro, Guillermo Estevez.
Na temporada passada, foram 8.000. Operadoras de turismo como a CVC e a Agaxtur tiveram que aumentar em 30% o número de vôos charter neste ano para atender a demanda.
Nesta temporada, não há nenhuma novidade econômica impulsionando o turismo dos brasileiros para lá, como aconteceu em 2001, com a desvalorização do peso argentino, mas o trabalho de divulgação e a propaganda boca a boca de quem já viu as encantadoras paisagens do local está funcionando, e os brasileiros serão de novo maioria. Naquele ano, a Argentina ficou mais barata para os brasileiros, que encheram as pistas de esqui da cidade.
Apesar de Bariloche ser destino turístico todo o ano, é a neve que atrai os brasileiros. "No inverno tem mais turista estrangeiro do que argentino, mas no verão isso inverte", conta o secretário.
Entre julho e setembro a temperatura do destino mais procurado da Patagônia argentina varia de 0C a 10C negativos. As formas sinuosas da estepe, as montanhas e a extensa vegetação estão pintadas de flocos de neve, e os braços do lago Nahuel Huapi têm ondas causadas pelos ventos da estação.
As montanhas absolutamente brancas, o barulho suave da pisada na neve fofa, conhecido pelos freqüentadores como o som do silêncio, e até as tempestades de neve que acontecem no alto dos cerros (montanhas) provocam diferentes sensações no viajantes, da introspecção à excitação.
"Agora eu entendo os alpinistas que escalam montanhas na neve. É uma coisa mágica", comenta Teresa. Já a filha Lara, de oito anos, diz que gostou mesmo foi de brincar de guerra de bolas de neve com o irmão.
Mas nem só de neve vive o turista em Bariloche. As cinco quadras do pequeno centro da cidade abrigam várias discotecas e dois cassinos, além de uma variedade de restaurantes e casas de chá que oferecem uma deliciosa gastronomia de inverno, como chocolates, geléias, fondue e trutas, além dos exóticos patês de cervo e de javali. As verdadeiras estrelas da cozinha patagônica, no entanto, são os defumados de carne e salmão.
San Carlos de Bariloche, a 770 metros de altitude, no noroeste da Província de Río Negro, está a 1.680 km de Buenos Aires. A cidade possui uma rica variedade de alojamentos e comércio.
As montanhas e o lago de nome indígena, que significa "ilha do tigre", estão espalhados nos 710 mil hectares do Parque Nacional Nahuel Huapi, que faz divisa com a também patagônica Província de Neuquén. O parque foi declarado reserva nacional em 1934. Com isso, 330 mil hectares são protegidos, o que possibilita a sobrevivência de raposas e pumas, animais típicos da região.
A cidade foi fundada em 1902 por alemães e suíços, como comprova a sua arquitetura. Mas a praça principal, conhecida como Centro Cívico, tem estilo espanhol, com a típica igreja rodeada por edifícios públicos. Esta fica de frente para o lago Nahuel Huapi.
Cláudia Dianni viajou a Bariloche a convite da Secretaria Nacional de Turismo da Argentina.
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