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20/09/2004
-
03h11
da Folha de S.Paulo
Há quem tenha algum mal-estar ao chegar a Bogotá, a 2.640 m de altitude, recorrendo ao chá de coca, vendido nas casas de produtos naturais --e o ponto alto da cidade é, literalmente, o Montserrat, a 3.200 m de altitude, local de peregrinação servido por teleférico e bondinho. Mas a capital é aprazível, especialmente para quem passeia em direção ao oriente, a leste, onde a cordilheira arborizada limita a metrópole de 7 milhões de habitantes, cuja temperatura média anual é de 14C.
Quarta cidade mais populosa da América do Sul, atrás de São Paulo, Rio e Buenos Aires (a Colômbia tem cerca de 44 milhões de habitantes), Bogotá foi rebatizada, chamava-se Santa Fé de Bogotá.
Fundada em 1538, é algo poluída, pois ali circulam 480 ônibus que transportam 1 milhão de pessoas/dia. Os táxis são baratos, raramente dão recibo, e os taxímetros marcam um número que deve ser cotejado a uma tabela.
O traçado urbano foi herdado dos espanhóis e, a partir de uma praça maior (a atual praça Bolívar), as "calles" e as "carreras", vias transversais, são numeradas. As "carreras" se estendem de sul a norte, com numeração crescente. As áreas carentes estão na direção contrária à da cordilheira, onde ficam as favelas, conhecidas como "invasiones" ou "tigúrios".
"Chevere!"
A surpresa é que o turista dificilmente verá zonas pobres ao circular por bairros como La Cabrera e pela zona Rosa, cravejada de bons restaurantes, lojas e shopping centers, como o Andino e o Atlantis Plaza, ou pelo entorno do Museu Nacional, onde há lugares como o parque Bavária. Em bairros boêmios, como Macarena, moram atores de teatro e TV. Mas a região onde a visita revela a Bogotá "chevere!" (gíria onipresente para "incrível!") é o bairro da Candelária, com prédios que alternam os estilos colonial, mais espanhol, e o republicano, eclético e europeizado.
É na Candelária que estão as tavernas, museus como o Donación Botero, dentro da Casa da Moeda, sete teatros (entre eles, o teatro Colón, do século 19), 15 bibliotecas (com destaque para a Luis Angel Arango), o parque Palomar del Príncipe, o palácio do governo, a monumental igreja jesuítica de Santo Inácio, a imensa praça Bolívar, limitada por prédios monumentais, como o palácio presidencial, o Capitólio, a catedral e o palácio da Justiça, onde a inscrição "Colombianos: las armas os han dado independencia; las leyes os daran libertad", de Santander, ainda emociona.
Silvio Cioffi viajou a convite do grupo Accor e da companhia aérea Avianca.
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SILVIO CIOFFIda Folha de S.Paulo
Há quem tenha algum mal-estar ao chegar a Bogotá, a 2.640 m de altitude, recorrendo ao chá de coca, vendido nas casas de produtos naturais --e o ponto alto da cidade é, literalmente, o Montserrat, a 3.200 m de altitude, local de peregrinação servido por teleférico e bondinho. Mas a capital é aprazível, especialmente para quem passeia em direção ao oriente, a leste, onde a cordilheira arborizada limita a metrópole de 7 milhões de habitantes, cuja temperatura média anual é de 14C.
Silvio Cioffi/Folha Imagem |
Banhista diante do hotel San Pedro de Majagua, nas ilhas do Rosário, em Cartagena |
Quarta cidade mais populosa da América do Sul, atrás de São Paulo, Rio e Buenos Aires (a Colômbia tem cerca de 44 milhões de habitantes), Bogotá foi rebatizada, chamava-se Santa Fé de Bogotá.
Fundada em 1538, é algo poluída, pois ali circulam 480 ônibus que transportam 1 milhão de pessoas/dia. Os táxis são baratos, raramente dão recibo, e os taxímetros marcam um número que deve ser cotejado a uma tabela.
O traçado urbano foi herdado dos espanhóis e, a partir de uma praça maior (a atual praça Bolívar), as "calles" e as "carreras", vias transversais, são numeradas. As "carreras" se estendem de sul a norte, com numeração crescente. As áreas carentes estão na direção contrária à da cordilheira, onde ficam as favelas, conhecidas como "invasiones" ou "tigúrios".
"Chevere!"
A surpresa é que o turista dificilmente verá zonas pobres ao circular por bairros como La Cabrera e pela zona Rosa, cravejada de bons restaurantes, lojas e shopping centers, como o Andino e o Atlantis Plaza, ou pelo entorno do Museu Nacional, onde há lugares como o parque Bavária. Em bairros boêmios, como Macarena, moram atores de teatro e TV. Mas a região onde a visita revela a Bogotá "chevere!" (gíria onipresente para "incrível!") é o bairro da Candelária, com prédios que alternam os estilos colonial, mais espanhol, e o republicano, eclético e europeizado.
É na Candelária que estão as tavernas, museus como o Donación Botero, dentro da Casa da Moeda, sete teatros (entre eles, o teatro Colón, do século 19), 15 bibliotecas (com destaque para a Luis Angel Arango), o parque Palomar del Príncipe, o palácio do governo, a monumental igreja jesuítica de Santo Inácio, a imensa praça Bolívar, limitada por prédios monumentais, como o palácio presidencial, o Capitólio, a catedral e o palácio da Justiça, onde a inscrição "Colombianos: las armas os han dado independencia; las leyes os daran libertad", de Santander, ainda emociona.
Silvio Cioffi viajou a convite do grupo Accor e da companhia aérea Avianca.
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