'Nunca estaremos na categoria bom e barato', diz Rogério Fasano
O restaurateur Rogério Fasano acaba de abrir o primeiro restaurante clássico francês do grupo, que ganhou fama pelas receitas italianas. Confira trechos da conversa que ele teve com a Folha sobre o Parigi Bistrot.
Folha - Por que ter "Bistrot" no nome se não é um restaurante francês pequeno, familiar e com preços módicos?
Rogério Fasano - O "bistrot" é para diferenciar essa casa do Parigi [a matriz, que tem cozinha francesa e italiana], ela se restringe à parte francesa e explora isso. E eu acho o ambiente simples. É um bistrô feito pelo restaurateur Rogerio Fasano.
Como você contribuiu para montar o cardápio?
Eu já tinha bastante do cardápio na minha cabeça. Meu barato é comer tartare, omelete... E eu viajei com o Eric [Berland, chef do Parigi] para Paris e visitamos bistrôs por 15 dias. Adoro a cozinha clássica francesa.
E por que o cardápio clássico francês tem receitas como o ravióli de mozarela de búfala?
Todo bistrô na França tem algo que sai do clássico. Há sempre uma massa. Não é verdade que franceses não comem massa. Por isso, posso sim ter três receitas que são paixões minhas.
Qual a liberdade que o chef Wagner Resende tem?
Como costuma ser com todo chef que eu contrato, eu disse: "Aqui está a proposta, fiz pesquisas e é isso o que eu quero servir". No ganho de confiança, ele vai soltando o talento. Mas antes disso tem que mostrar que o clássico está muito bem executado. O Parigi Bistrot nunca será autoral, mas cada chef tem a sua mão.
Os preços vão seguir o "padrão Fasano"?
O Fasano tem um padrão, não há milagres para os preços. Nunca vamos conseguir estar na categoria bom e barato, remuneramos muito bem as pessoas. Difícil mudar, a não ser que um dia eu decida fazer fast food.