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Família vai à Justiça para trazer corpos da Turquia
Seguradora de viagem se recusa a pagar pelo transporte de vítima
Parentes de duas das três mulheres mortas em acidente de balão enfrentam problemas para liberar os corpos
Uma briga entre seguradoras pode atrasar o retorno ao país dos corpos de duas das três brasileiras mortas nesta semana em um acidente de balão na Turquia.
Segundo parentes das vítimas, as empresas se recusam a assumir o traslado e a responsabilidade pelo seguro. O procedimento é necessário para que os corpos sejam liberados e trazidos ao Brasil.
Para agilizar o processo, a família de Marina Rosas, 77, entrará hoje com um processo na Justiça para garantir a liberação dos corpos.
A Folha teve acesso a documentos que comprovam a recusa da empresa de seguro-viagem contratada por ela em arcar com esses custos.
Já a família de Maria Luisa Gomes, 71, que enfrenta o mesmo problema, enviou um representante à Turquia e está disposta a pagar até 10 mil euros para liberar o corpo, sem a intervenção da empresa de seguro contratada.
A família de Ellen Kopelman, 81, morta no acidente, não enfrenta esse problema.
Desde ontem, a empresa de seguros de viagem Coris, com sede em São Paulo, informou aos parentes de Marina que aguardaria o fim da investigação para acionar a empresa responsável na Turquia.
De acordo com a Coris, uma das duas seguradoras turcas que atendem as empresas Anatoliam Baloons e Istambul Baloons (donas dos balões que se chocaram) deveria se responsabilizar pelo acidente e, consequentemente, pelo traslado dos corpos.
"Você contrata uma empresa acreditando estar protegido no exterior e se surpreende com a explicação de que não é bem assim", disse Diego Rosas, neto de Marina.
A Folha não encontrou representantes da Coris.