Cães mataram chinchilas que foram soltas, diz criador
Animais estavam em sítio na Grande SP
Cerca de 80 chinchilas de um criadouro em Itapecerica da Serra (Grande SP), soltas por ativistas no dia 19, morreram de calor ou atacadas por cães, segundo Carlos Peres, 70, um dos donos do empreendimento.
No início do mês, Peres, que é presidente da Achila (Associação Brasileira dos Criadores de Chinchila Lanígera), disse em entrevista à Folha que "quase 30 mil chinchilas vão morrer por causa dessa lei".
Ele se referia ao projeto de lei 616, que proíbe a criação de animais com o intuito de usar sua pele, que passou pela Assembleia e precisa ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta terça (28).
Sete dias depois da declaração, o criadouro foi invadido por ativistas da FLA (Frente da Libertação Animal), que assumiu o ato na internet e publicou uma foto de pessoas mascaradas com chinchilas nas mãos. De acordo com Peres, os cerca de 150 animais que estavam no sítio em Itapecerica eram de estimação e não iriam morrer para terem suas peles utilizadas.
Segundo ele, o sítio teria sofrido uma nova tentativa de invasão neste domingo (26). "O caseiro viu e eles fugiram", afirma. O empresário diz que apenas em Mato Grosso do Sul as chinchilas são criadas para terem a pele usada. A reportagem não conseguiu contatar a FLA até a conclusão desta edição.