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Prefeitura do Rio quer parceria para gerir parque do Flamengo
Diante da má conservação e da falta de segurança do parque do Flamengo, na zona sul do Rio, a prefeitura da cidade procura uma nova forma de gestão do local. Na mesa, uma parceria público privada.
A proposta depende do apoio da União e da Marinha, que também têm participação sobre qualquer alteração na gestão do parque.
"Se a titularidade fosse toda do município, a gente poderia fazer licitação para uma organização que quisesse tomar conta do parque. Isso não exclui a participação pública", diz Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, órgão da prefeitura.
A declaração foi dada durante o Arq.Futuro, fórum de debate que acontece no Rio sobre gestão e investimento em parques públicos, que termina nesta quarta (19).
Fajardo disse que não sabe como essa parceria seria executada. Ela poderia envolver a iniciativa privada ou apenas a sociedade civil. "O passo novo é entender que os recursos não são infinitos", disse.
Um possível interessado seria a Advent International, gestora americana de fundos de investimentos, que tem participação na Cataratas do Iguaçu S.A., concessionária que presta serviços em parques brasileiros, como Iguaçu e Fernando de Noronha.
"Se tiver uma receita que justifique os investimentos, a gente teria interesse em olhar", diz Mario Malta, gestor da Advent, que fez uma apresentação no evento. Malta diz que a empresa ainda não foi formalmente procurada para discutir o assunto.
O parque do Flamengo, patrimônio cultural da humanidade nomeado pela Unesco, é atualmente um lugar perigoso, com um índice crescente de violência. O local também sofre com o abandono, com monumentos degradados.
A gestão do Central Park é uma das inspirações de Fajardo para a proposta. Atualmente, 75% do parque norte-americano é financiado por doações privadas.