Eletropaulo cortou equipes técnicas, diz gestão Alckmin
Empresa afirma ter número suficiente de funcionários para emergências
Chuvas fortes e queda de árvores deixaram milhares de pessoas sem luz, em alguns casos por dias seguidos
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) acusou a AES Eletropaulo de diminuir as equipes técnicas, que seriam insuficientes para restabelecer a energia rapidamente em caso de incidentes.
As críticas partiram do secretário estadual de Energia, João Carlos de Souza Meirelles, que afirmou que o governo está "decepcionado" e "preocupado" com o atendimento feito pela empresa.
Nas últimas semanas, com fortes chuvas e quedas de árvore, milhares de pessoas ficaram sem luz, em alguns casos por vários dias seguidos.
A entrevista foi sobre relatório entregue pela Eletropaulo a respeito desses problemas. Para Meirelles, as respostas foram insuficientes.
"O número de equipes vem sendo reduzido com a desculpa de que são mais técnicas, são melhores, mas isso não tem sentido", disse.
Meirelles também afirmou que a Eletropaulo deveria ter feito a poda das árvores antes do período de chuvas.
"Não há a menor justificativa para esperar o momento de chuvas intensas, que todos os anos são absolutamente normais, para então estarmos tomando providências para poda de árvores. Isso tem que ser feito como programa anual, preventivo", afirmou Meirelles.
OUTRO LADO
A direção da Eletropaulo disse ter "estranhado" as críticas. O vice-presidente de operações da companhia, Sidney Simonaggio, afirmou que as 307 equipes são suficientes para o atendimento em condições normais. Esse número pode subir para 800 em situações de emergência.
Ele afirmou também que a empresa fará em até 90 dias 200 mil podas de árvores afetadas pelas ventanias. A empresa fez 140 mil podas em 2014, segundo ele.