Crise da água
Cantareira tem a maior 'arrancada' em 2 anos
Em 6 dias, nível cresceu 1,2 ponto percentual
Em seis dias, o sistema Cantareira, o principal fornecedor de água da Grande São Paulo, aumentou sua capacidade em 1,2 ponto percentual. A última vez que isso havia ocorrido num mesmo intervalo foi no final de março de 2013.
Somente nesta quarta-feira (11), o sistema avançou 0,3 ponto em relação ao dia anterior e operou com 6,4% de sua capacidade, de 1,2 trilhão de litros de água.
O nível do Cantareira sobe de forma consecutiva desde a sexta-feira (6). Isso porque, com apenas 11 dias, fevereiro já tem 70% da chuva esperada para o mês.
A afluência (entrada de água no sistema por chuvas e rios) na maior parte do Cantareira passou de 8,5 mil litros por segundo em janeiro para 25 mil l/s neste mês de fevereiro.
O índice ainda é bastante crítico, pois segue abaixo da média histórica para o mês, que é de 65 mil l/s.
De qualquer forma, já foi o suficiente para o governo paulista ao menos adiar uma decisão sobre a aplicação de um rodízio na Grande São Paulo.
Com a Folha mostrou nesta quarta, com um bom volume de chuvas em fevereiro e março e um conjunto de obras em andamento, a Sabesp acha possível atravessar todo o período de secas sem essa medida.
4º VOLUME MORTO
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quarta-feira que o quarto volume morto do sistema Cantareira poderá ser utilizado sem a necessidade de obras de engenharia.
Conforme a Folha revelou na terça-feira (10), o governo paulista encontrou a nova reserva de água e, agora, realiza cálculos sobre se seu consumo é viável.
"Na estação de Piracaia [SP], na [represa de] Cachoeira, verificou-se que, abaixo do chamado nível zero, há uma reserva de água que poderá ser utilizada uma parte sem obras de engenharia e outra parte com obras de engenharia. Então, seria uma quarta reserva técnica", disse o tucano.