Foco
'Mulheres rodadas' promovem bloco-protesto contra machismo
Um protesto contra o machismo e a desigualdade de gênero em ritmo de Carnaval. Essa foi a proposta do bloco Mulheres Rodadas, que desfilou pela primeira vez nesta Quarta-Feira de Cinzas (18), na zona sul do Rio.
Segundo os PMs que acompanharam o cortejo, cerca de 2.500 pessoas participaram.
Com bambolês, saias rodadas, pernas de pau e muita purpurina, homens e mulheres levavam em punho cartazes com dizeres como "Somos todas rodadas" e "Tire a mão do meu útero, deputado!".
A ideia do bloco surgiu no fim de 2014. As jornalistas Renata Rodrigues, 38, e Débora Thome, 37, se identificaram com um texto da colunista da Folha Mariliz Pereira Jorge criticando a imagem de um rapaz com um cartaz escrito "Eu não mereço mulher rodada".
Renata e Débora entraram em contato com a colunista e o bloco-protesto foi criado, já com o nome decidido.
"Nossa proposta é fazer um manifesto bem humorado", afirmou Renata, que levou a filha, de 13 anos, ao desfile.
A colunista da Folha Mariliz Pereira Jorge acompanhou o desfile. "Isso nasceu de uma brincadeira sem graça de um rapaz, mas hoje estamos aqui nos divertindo e colocando a causa na rua", disse.
Fora da festa, mas acompanhando o desfile, o porteiro Robson Pereira Ramos aprovou a ideia. "Gostei da brincadeira. Uma pena estar aqui trabalhando".