Foco
Táxi amarelo de NY atrai olhares ao rodar nos Jardins
Empresário gastou R$ 48 mil para fazer uma réplica do carro da cidade americana
Pelo retrovisor, dá para ver o motorista do carro de trás ajeitar o celular para tirar uma foto. Na porta de um restaurante na alameda Lorena, nos Jardins, uma mulher ri e logo chama as amigas para apontar o carro que está passando por ali.
Um quarteirão depois, um senhor de cabelos grisalhos faz sinal para o táxi "parar" e cai na gargalhada.
Em uma volta no banco de passageiro de Paulo Perez, 54, dá para ver as diferentes reações das pessoas quando o empresário decide sair pelos Jardins dirigindo o seu "yellow cab", o tradicional táxi amarelo de Nova York.
"Um dia eu acordei e tive a maior vontade de fazer algo que divertisse as pessoas na rua, mas sem que eu fosse o protagonista. Pensei no táxi da 'Big Apple', que quase todo mundo conhece ou de viagens ou de filmes e da TV", conta o sócio de uma agência de turismo, que colocou vidros pretos no táxi para que ninguém o veja lá dentro.
O fato de andar com as janelas fechadas, diz, deixa os curiosos mais à vontade para interagir e tirar "selfies". "Não tem classe social que não olhe, todo mundo se diverte. Fico muito feliz em ver as carinhas rindo e curtindo aquele pequeno momento. Isso é combustível pra mim", afirma ele, que usa o falso táxi apenas para passear. No dia a dia, Perez se locomove com uma Mercedes blindada.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, ele não importou o carro dos EUA, mas fez uma réplica do modelo usado em Nova York.
No total, desembolsou R$ 48 mil pelo brinquedo que estreou há nove meses.
"O carro original é um Ford Crown Victoria, mas não existe por aqui. Acabei comprando um Ford Taurus de um colecionador. Aí fiz um envelopamento, uma espécie de adesivo, como se fosse o táxi de lá", diz.
Da cidade americana, trouxe o luminoso do teto, uma bonequinha havaiana que fica apoiada no painel, adesivos iguais aos usados nos táxis de lá com informações como a tarifa para o aeroporto, e o mapa de Manhattan para deixar no banco de trás.
Ao lado do porta-luvas, colou uma falsa licença de uso com sua foto e a data de validade. E, para arrematar, pendurou uma bandeirinha de Porto Rico no retrovisor. "Para brincar com meu sobrenome espanhol."
CHAMA O BOMBEIRO
O empresário gostou tanto da experiência com o táxi amarelo que decidiu reproduzir um outro veículo famoso nas ruas de Nova York.
Na última quarta (18), buscou na oficina seu SUV que imita o do comandante do batalhão do Corpo de Bombeiros da cidade, o FDNY.
"Eu queria homenagear os bombeiros que morreram no 11 de Setembro, por isso escolhi esse carro", conta.
Para colocar o projeto em prática, orçado em R$ 30 mil, Perez pediu autorização da Prefeitura de Nova York. "Eles deixaram eu fazer o carro, contanto que usasse o logotipo de domínio público, sem fim comercial", diz, antes de acionar o controle de luzes e sirenes do carro e sair para mais um passeio divertindo as pessoas na rua.