Fogo em tanques se espalha e faz bombeiros mudarem operação
Equipes tentam conter avanço das chamas em Santos, litoral de SP
O incêndio em tanques de combustível em Santos, no litoral paulista, se espalhou na tarde desta sexta (3), forçando as equipes a mudarem o foco da operação. Desistiram de combater o fogo e passaram a tentar conter seu avanço.
Segundo o comandante das operações do Corpo de Bombeiros, Wagner Bertolini Júnior, o resfriamento das chamas "é a única estratégia viável". A meta é evitar que elas atinjam tonéis próximos aos cinco incendiados.
Ele explicou que, devido às altas temperaturas nos tanques, a água evapora e não consegue debelar o incêndio, iniciado na quinta (3). O vento também tem prejudicado o trabalho dos bombeiros, que usam jatos de espuma para resfriar os tanques vizinhos.
Cem homens, entre bombeiros e brigadistas, trabalhavam na operação.
Os reservatórios com etanol e gasolina pertencem à Ultracargo. Ao todo, são 30 tanques, cada um com capacidade de 6 milhões de litros.
Os bombeiros não têm indícios das causas do acidente e não estipulam um prazo para o fim das chamas --inicialmente, previam até quatro dias, quando o combustível se queimasse por completo.
A fumaça continuava densa no local, atingindo mais de 50 m de altura. Segundo a Cetesb, não houve mortandade de peixes e a fumaça não é prejudicial à saúde.
Houve uma chuva de fuligem por volta do meio-dia na região.
Segundo a concessionária Ecovias, o acesso ao porto de Santos pelo viaduto da Alemoa, na via Anchieta, está bloqueado, sem previsão de liberação. O trecho fica próximo ao local do incêndio.