Outro lado
Prefeitura e PM trocam acusações sobre fiscalização
A gestão Fernando Haddad diz que não é responsável pela redução da operação. Já a Polícia Militar afirma que a responsabilidade pelo combate aos comerciantes ilegais é da administração municipal.
"O que ocorre é que a ação delegada de fiscalização do comércio irregular é uma atividade voluntária dos policiais militares e, nos últimos anos, a Polícia Militar disponibilizou menos efetivo para fiscalizar o centro da cidade", diz a prefeitura, em nota.
"A fiscalização do comércio ambulante irregular é, por lei, responsabilidade municipal", respondeu a PM.
A corporação afirma que foi decisão da prefeitura reduzir em 62% (de 3.899 para 1.472) a atuação da PM.
A gestão atual questiona o número de policiais alocados na administração passada, dizendo que não havia controle do efetivo e dos gastos.
"Além das atividades voluntárias, a GCM atua diariamente no controle do espaço público e fiscalização do comércio ambulante", afirma.
Segundo a prefeitura, a legalidade das apreensões feitas durante a gestão Gilberto Kassab (PSD) é questionada na Justiça. A nova administração aponta suspeita de irregularidades e desvio de produtos de um galpão.
A assessoria de Kassab afirmou que as ações contra a venda irregular de produtos foram acompanhadas por diversos órgãos, como Ministério Público e Polícia Civil.
"As mercadorias apreendidas eram armazenadas em galpão equipado com câmeras de vigilância que, se não foram retiradas, gravaram todas as movimentações no local. As mercadorias, depois de liberadas legalmente, eram destruídas publicamente", afirmou a assessoria de Kassab. O ex-prefeito diz ainda que "obteve grande êxito no combate ao comércio irregular e à pirataria, tendo recebido prêmios".