Após 9 dias, acaba incêndio em Santos
Dona dos tanques atingidos, a Ultracargo informou que foram usados 400 mil litros de líquido gerador de espuma
Na quinta-feira (9), a prefeitura anunciou embargo das atividades da empresa, que disse seguir a legislação
O Corpo de Bombeiros anunciou na tarde desta sexta (10) a extinção total do incêndio que atingia tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, no bairro da Alemoa, em Santos (litoral de SP), desde o dia 2 de abril.
O anúncio foi feito após reunião com autoridades no Paço Municipal de Santos.
Todos os focos de chamas foram contidos por volta das 10h desta sexta, mas os bombeiros preferiram aguardar algumas horas antes de fazer o pronunciamento oficial.
Pouco antes do anúncio, a Ultracargo divulgou nota informando que o incêndio estava controlado, restando apenas um pequeno foco.
Segundo a empresa, foram usados cerca de 400 mil litros de LGE (Líquido Gerador de Espuma) no combate ao fogo.
Os trabalhos dos bombeiros, como o resfriamento dos tanques, continuarão a ser feitos no local.
Nesta quinta (9), a Prefeitura de Santos anunciou o embargo das atividades da empresa na cidade até que sejam cumpridas todas as determinações para garantir a segurança no local.
Em nota, a Ultracargo afirmou que o terminal está regular e que suas operações obedecem "todas as legislações, regulações e normas técnicas".
BLOQUEIO
No dia 2, quando o incêndio começou, a previsão da PM era que as chamas durariam quatro dias, até que o combustível dos tanques queimasse por completo.
No dia seguinte, porém, o incêndio se espalhou, obrigando as equipes a desistir de combater o fogo e passar a tentar conter seu avanço.
Foi bloqueado o acesso de veículos pela margem direita do porto de Santos, uma das principais unidades de escoamento da produção agrícola e industrial do país.
A medida, decidida pelo gabinete de crise criado para administrar os trabalhos de contenção das chamas, provocou filas de caminhões, com motoristas acampando por dias à espera de conseguir entregar a carga.
O objetivo do bloqueio era deixar livre o entorno do incêndio para o caso de uma emergência, como vazamento de combustíveis.
Segundo a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), entre 9.000 e 12 mil caminhões circulam diariamente pela margem direita do porto de Santos, onde há 38 dos 55 terminais do complexo portuário.